Central de FIIs: Ifix sobe pela segunda vez seguida em mês marcado por fortes perdas

Confira as informações que influenciam na indústria dos fundos imobiliários hoje

Wellington Carvalho

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Pela primeira vez desde que foi criado, em 2012, o IFIX – Índice dos fundos mais negociados na B3 – acumula quatro meses consecutivos de queda. Em novembro, o indicador fechou em baixa de 3,63%, o pior mês desde março de 2020, início da pandemia do Covid-19. No acumulado do ano, as perdas somam 10,16.

Em um mês marcado pela aversão ao risco nos mercados, a XP reforçou a preocupação com a elevação dos preços no País e manteve a recomendação para os fundos imobiliários do tipo “papel”, que investem em títulos atrelados a indexadores de inflação e à taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

O destaque econômico de novembro, segundo relatório divulgado na segunda-feira (29), foi o resultado dos indicadores de inflação, especialmente o IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo – que registrou alta de 1,25% e surpreendeu os analistas. O indicador acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% em 12 meses.

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O documento destacou ainda a variação do INCC (Índice Nacional da Construção Civil), que acelerou de 0,80% em outubro para 0,71% em novembro. A inflação acumulada pelo índice em 12 meses passou para 14,69% e no ano, para 13,68%.

Além da inflação, os analistas da XP consideram que a elevação dos juros e as notícias no cenário político e econômico seguem causando pressão nos preços das cotas. “Desse modo, mantemos nossa preferência em fundos imobiliários do segmento de papel, dado seu caráter mais defensivo”, destaca o relatório.

Na sessão desta terça-feira (30), o Ifix subiu 0,57%, aos 2.578 pontos. Confira os destaques:

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Maiores altas desta terça-feira (30):

Ticker Nome Setor Variação (%)
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas 4,38
GGRC11 GGR Covepi Renda Logística 3,4
XPPR11 XP Properties Outros 3,33
TEPP11 Tellus Properties Lajes Corporativas 3,07
SDIL11 SDI Rio Bravo Logística 2,95

Maiores baixas desta terça-feira (30):

Ticker Nome Setor Variação (%)
AIEC11 Autonomy Edifícios Lajes Corporativas -2,46
VIFI11 Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. -2,09
SARE11 Santander Renda Híbrido -1,91
RBRF11 RBR Alpha Títulos e Val. Mob. -1,63
KISU11 KILIMA Títulos e Val. Mob. -1,44

Fonte: B3

Reavaliação de imóveis do CSHG Renda aponta aumento de 1,12%,Terras Agrícolas negocia nova fazenda e mais assuntos

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

Reavaliação de imóveis do CSHG Renda Urbana ( HGRU11) aponta aumento de 1,12% no valor

O fundo CSHG Renda Urbana realizou a avaliação anual dos imóveis da carteira e o laudo apontou aumento de 1,12% no valor contábil dos ativos. O trabalho foi realizado pela Colliers International Valuation & Advisory Services.

A diferença apontada na reavaliação representa uma variação positiva de aproximadamente 0,84% no valor patrimonial da cota do fundo, com base no fechamento de 29 de outubro de 2021.

Com uma área bruta locável (ABL) de 355 mil metros quadrados, o CSHG Renda Urbana conta com 81 imóveis espalhados por 5 Estados.

O Credit Suisse já havia realizado a avaliação anual dos imóveis de outros fundos que administra. O destaque ficou para os ativos do CSHG Prime Offices ( HGPO11), que tiveram o valor elevado em 12,31% na comparação com o valor contábil dos ativos. O índice representa um impacto positivo de 11,67% no valor patrimonial da cota do fundo.

BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) inicia negociação de fazenda no Mato Grosso

O fundo BTG Pactual Terras Agrícolas assinou compromisso para a compra da Fazenda JR, em Campo Verde (MT). O montante total da operação é de R$ 70 milhões, que será pago em duas parcelas.

O imóvel possui área de aproximadamente 1.673 hectares e está localizado no estado de maior produção agrícola do Brasil, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária. Atualmente, a região lidera os rankings nacionais em produção de soja, milho, algodão, entre outros.

De acordo com fato relevante, o espaço será locado para o próprio vendedor pelo prazo de dez anos. No primeiro ano, o valor do aluguel anual será de R$ 7,5 milhões. A partir do segundo ano, o valor anual base de remuneração passará a ser de R$ 9,1 milhões, corrigido pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

A estrutura da operação também estende uma opção de recompra da propriedade do imóvel em favor do Grupo JR, que poderá ou não ser executada ao final do contrato.

Com a aquisição, a gestora estima que o resultado mensal do fundo será impactado em aproximadamente R$ 0,19 por cota ao mês no primeiro ano e em R$ 0,23 por cota ao mês a partir do segundo ano de operação.

Em outubro, o fundo já havia adquirido as fazendas Três Irmãos, em Tapurah (MT), por R$ 80 milhões, e Colibri, em Nova Mutum (MT), por R$ 21 milhões. A soma da área dos imóveis é de aproximadamente 2,1 mil hectares e o valor total da operação alcançou R$ 101 milhões.

BTG Logística ( BTLG11) quer investir R$ 345 milhões em galpão em Mauá

O fundo BTG Pactual Logística firmou compromisso para a compra de um galpão logístico de 88 mil metros quadrados localizado no município de Mauá (SP). O espaço, que passou por obras, já está 30% pré-locado.

De acordo com o compromisso, parte do espaço também seria alugado, durante 16 meses, para a parte vendedora.

A compra foi acertada pelo valor de R$ 345 milhões. O fundo já desembolsou R$ 15 milhões e o restante será pago em dezembro, depois da verificação de trâmites legais.

Com a confirmação do negócio, o fundo se tornará o único titular da propriedade e de todos os direitos sobre o imóvel. A transação teria impacto mensal positivo equivalente a R$ 0,12 por cota.

BB Progressivo (BBFI11B) aluga antenas para Telefônica

O fundo BB Progressivo assinou contrato para a locação de antenas do topo do edifício SEDE I, em Brasília. O novo locatário será a Telefônica do Brasil, que utilizará o espaço pelo prazo de cinco anos a contar de 01 de outubro de 2021.

Para reservar o local, de 40 metros quadrados, a nova locatária desembolsará o montante de R$ 211 mil, que será pago em até 30 dias úteis.

O valor recebido antecipadamente terá um impacto positivo de 6,19% na próxima distribuição de rendimentos, o equivalente a R$ 1,63.

Com patrimônio líquido de R$ 329 milhões, o BB Progressivo tem hoje 8.223 cotistas. Além do SEDE I, o fundo ainda conta com outro ativo na carteira, o Centro Administrativo, no Rio de Janeiro (RJ). No final do mês de setembro, a taxa de vacância do portfólio estava em 72%.

Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta terça-feira (30):

Ticker Fundo Rendimento (R$)
BCIA11 Bradesco Carteira Imobiliária 0,64

Fonte: InfoMoney

Fundos Imobiliários: tudo o que você precisa saber para começar a investir

Giro imobiliário: e-commerce domina locação de galpões logísticos no ano, Liga de FIIs recebe Lucas Pit Money

E-commerce domina locação de galpões logísticos em 2021; Mercado Livre é destaque

O Mercado Livre ocupa a liderança entre as companhias que mais locaram galpões logísticos no País em 2021. A informação faz parte de estudo da SiiLa Brasil, plataforma de dados do setor imobiliário. De acordo com o levantamento, o Mercado Livre demandou este ano 216 mil metros quadrados de galpões.

A maior parte das empresas que aparecem no ranking brasileiro também atua com varejo online e logística, como é o caso do Magalu, Mobly, Amazon e Loggi.

Posição Empresa Total em m² 
1 Mercado Livre 216.062,95
2 Magazine Luiza 133.582,36
3 Mobly 82.838,00
4 Amazon 77.262,00
5 Loggi 64.807,13
6 Makro Atacadista 49.882,17
7 Semp TCL 34.432,00
8 C&A Modas 34.056,00
9 Madeira Madeira 33.088,96
10 Braskem 32.392,00

“No mercado brasileiro, este movimento é justificado pelo crescimento exponencial do e-commerce desde o início na pandemia”, afirma Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, ao explicar o protagonismo do varejo digital na lista das companhias que mais locaram galpões logísticos no País em 2021.

No estoque geral, a liderança na ocupação está com as empresas de transporte e logística, responsáveis por 28,96% da área ocupada, seguido por empresas de varejo, com 20,30% e e-commerce, com 9,36%.

O Brasil registra a menor taxa histórica de vacância no segmento, de acordo com dados da SiiLa. O País fechou o terceiro trimestre com um índice de 8,95% de área vaga dos condomínios logísticos.

Liga de FIIs recebe Lucas Pit Money

O Liga de FIIs desta terça-feira (30) promete abrir e analisar a carteira de fundos imobiliários do Lucas Pit Money, investidor, fundador da casa de análise Inside e dono de um canal no Youtube com 366 mil inscritos.

Depois de perder R$ 150 mil no famoso “Joesley Day”, quando as conversas entre o empresário Joesley Batista e o então presidente Michel Temer foram reveladas e a bolsa caiu 8,8%, Pit Money trocou os trades pelo investimento focado em fundamentos e no longo prazo.

Hoje o influencer contará sobre o resultado da mudança de estratégia e dará dicas para os investidores preocupados com as recentes quedas na cotação dos fundos imobiliários.

Produzido pelo InfoMoney, o Liga de FIIs tem apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e de Wellington Carvalho, repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. O programa começa às 19h e você pode acompanhar aqui.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.