Após levantar R$ 1 bi, fundo de private equity da Perfin estreia na Bolsa

Com investimentos no setor elétrico, o fundo Apollo mira retorno de 5,75 pontos percentuais acima da inflação, com isenção de IR

Pedro Ladislau Leite

Equipe da Perfin comemora IPO do fundo Apollo. Crédito: DIvulgação

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SÃO PAULO – Após emplacar uma oferta pública de R$ 1,005 bilhão na semana passada, o Perfin Apollo Energia Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura (PFIN11) estreou na Bolsa brasileira nesta segunda-feira (20).

As cotas do fundo de private equity, emitidas a R$ 104,76, abriram seu primeiro pregão negociadas a R$ 125. Por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apenas investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investidos) têm acesso ao produto.

O Apollo investe no setor de transmissão de energia elétrica, em parceria com a Alupar Investimentos. Segundo a Perfin, que tem R$ 12 bilhões sob gestão, o retorno estimado para o fundo é de 5,75 pontos percentuais ao ano acima da inflação marcada pelo IPCA. O potencial de retorno atraiu investimentos de cerca de quatro mil investidores qualificados.

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“Todo o fluxo de dividendos vai para os investidores. É um investimento adequado para quem deseja uma renda previsível, com isenção tributária e com a vantagem de ter mais liquidez do que uma debênture, por exemplo”, diz Ralph Rosenberg, sócio fundador da Perfin.

Os rendimentos auferidos nesse tipo de produto são isentos de Imposto de Renda para cotistas pessoas físicas. Ganhos de capital com a venda das cotas também são isentos.

O portfólio do fundo é formado por seis linhas de transmissão de energia localizadas na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. “Os ativos já estão em operação ou próximos de operar, então eles têm um risco menor do que durante a fase greenfield”, explica Rosenberg.

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Ele destaca também que o produto foi desenhado para proporcionar um alinhamento entre cotistas e gestores. Isso porque os sócios se comprometem a segurar 3% das cotas do fundo. E em caso de novas emissões, eles precisam manter a proporção de seus investimentos.

Com o lançamento do Apollo, chega a treze o número de Fundos de Investimento em Participações (FIPs) listados na B3. Dois deles são negociados apenas no mercado de balcão.

Outros IPOs devem engordar o segmento este ano, como o do fundo BRZ Infra Portos, que pretende levantar R$ 700 milhões em fevereiro.

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Pedro Ladislau Leite

Repórter de investimentos do InfoMoney, cobre os mercados de renda fixa (Tesouro Direto e títulos privados) e de renda variável, acompanhando as movimentações dos principais gestores de fundos no país.