Publicidade
O VINO11 (Vinci Offices) é um dos principais fundos imobiliários do mercado, chamando atenção por sua combinação de contratos atípicos e um dos inquilinos mais relevantes do país: a TV Globo, responsável por 51% da receita do fundo.
A concentração no setor de comunicação e mídia, somada a imóveis modernos e localizados em São Paulo, Rio de Janeiro e Alphaville, tem garantido recorrência de caixa mesmo em um ciclo de juros altos.
Em novembro de 2025, o fundo distribuiu R$ 0,05 por cota — patamar mantido de forma consistente ao longo dos últimos 12 meses.
Continua depois da publicidade

No mês, o VINO gerou R$ 0,046 por cota em resultado, mas manteve o pagamento em R$ 0,050, o que corresponde a um dividend yield anualizado de 11,5%. Além disso, o fundo encerrou novembro com R$ 0,015 por cota em resultado acumulado não distribuído.
Para quem mira uma renda mensal próxima de R$ 5 mil, o VINO11 mostrou em 2025 como os dividendos, principalmente, o reinvestimento deles — fazem diferença no resultado final.
Uma simulação do InfoMoney em parceria com a Economatica com 90 mil cotas compradas a R$ 4,77 em dezembro de 2024, um investimento de R$ 429,3 mil, indica que o cotista que reaplicou integralmente os proventos chegou a dezembro de 2025 recebendo o equivalente a R$ 5.060,78 por mês.

Já quem não reinvestiu os dividendos ficou próximo de R$ 4.500 mensais. A diferença, de mais de R$ 560 ao mês, mostra como a capitalização contínua dos rendimentos amplia o poder de geração de renda do fundo ao longo do tempo.
Leia Mais: O plano do Patria para um HGLG11 de R$ 10 bi — e o impacto no mercado de FIIs
Globo puxa a receita, sendo principal locatária
O setor de comunicação e mídia responde por mais da metade da receita do VINO11, ancorado pelo contrato da TV Globo. Em seguida vêm empresas de construção e serviços imobiliários (15%) e o setor financeiro (8%), que inclui a própria Vinci, locatária do ativo BM336 no Rio de Janeiro.
Continua depois da publicidade

Com imóveis considerados “tipologia diferenciada”, de menor porte e pegada moderna, o fundo aposta em lajes fora do perfil tradicional de torres corporativas. Para a gestora, isso confere maior flexibilidade de ocupação e posicionamento estratégico, especialmente em regiões urbanas com demanda pulverizada.
O fundo detém 97% dos imóveis, sendo 79% em São Paulo e 21% no Rio de Janeiro. A predominância de contratos atípicos (66%), e 87% dos contratos indexados ao IPCA, reforça a previsibilidade de receita diante de cenários inflacionários.
O patrimônio líquido do VINO11 fechou novembro em R$ 832,9 milhões, com participações imobiliárias somando R$ 1,17 bilhão.
Continua depois da publicidade
Obrigações financeiras pressionam o resultado no curto prazo
Segundo relatório do Itaú BBA, o VINO11 possui características positivas — como cronograma de vencimentos alongado e presença relevante de contratos atípicos, que permitem potenciais ganhos revisionais —, mas carrega pontos de atenção.
O principal deles é o volume de obrigações futuras, próximo de R$ 425,8 milhões, que tem influenciado o resultado mensal, sendo R$ 22,3 milhões com vencimento em até 12 meses.

Também pesa o fato de alguns imóveis estarem localizados em regiões menos centrais, o que pode aumentar o risco de desocupação e demandar maior esforço de comercialização em eventuais vacâncias.
Continua depois da publicidade