Investidores estão em busca de riscos maiores – e 2 motivos explicam isso

Mais de 80% dos entrevistados com menos de 34 anos afirmaram realizar investimentos em ações

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Pela primeira vez desde 2013, os investidores brasileiros estão em busca de riscos maiores, aponta a pesquisa Global Investor Sentiment Survey, da Franklin Templeton. O motivo? A série de cortes na taxa básica de juros e a desaceleração da inflação. A Selic caiu pela metade em 2 anos e a inflação fechou 2017 abaixo do centro da meta e segue pelo mesmo caminho neste ano.

“É, de fato, a primeira vez que observamos um claro ajuste no perfil de risco das carteiras, no sentido de algo mais arrojado, independentemente da faixa etária. Voluntária ou forçada, o fato é que a mudança existe”, afirma o diretor-presidente da Franklin Templeton no Brasil, Marcus Vinícius Gonçalves. A pesquisa teve sua primeira edição em 2013 e, desde então, não era observado nível tão alto de investidores propensos a tomar risco.

Entre os investidores com maior apetite ao risco, os mais jovens se destacam. Mais de 80% dos entrevistados com menos de 34 anos afirmaram realizar investimentos em ações, percentual que diminui gradativamente nas demais faixas, até chegar a 33,3% na faixa entre 55 e 64 anos. Além disso, quase 80% dos entrevistados entre 25 e 34 anos têm alguma parcela de seus investimentos alocados no exterior, percentual que não passa de um terço dos investidores com mais de 55 anos.

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Os investidores mais novos também se mostram melhor informados. Quase 75% dos investidores com 25 a 34 anos sabem a diferença entre fundos de um banco convencional e de uma gestora independente, percentual que não chega à metade entre os entrevistados na faixa de 55 a 64 anos. 

Outra consequência do maior acesso a informações de investimentos entre os mais jovens é que quase 70% dos entrevistados abaixo de 34 anos afirmaram ter conta de investimentos em corretoras, percentual que não passou de 40% entre os respondentes com mais de 45 anos.

O gerente do banco é apontado como a principal fonte de informações sobre investimentos para todas as faixas etárias acima dos 35 anos que foram alvo da pesquisa, no caso do grupo entre 25 e 34 anos a escolha recai sobre os aplicativos (quase 30%), os assessores financeiros profissionais (23,5%) e a mídia (15%). Entre os mais jovens, o gerente de banco ocupa a 4ª colocação como fonte de informações sobre investimentos, com 13,7%.

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“Ao consultarem fontes alternativas de informação, as gerações mais novas acabam tendo acesso a oportunidades que não costumam estar disponíveis nos canais tradicionais. Com isso, seu espectro de investimentos tende a ser mais amplo, e os resultados tendem a ser, em média, melhores.”

A pesquisa foi feita por telefone entre os dias 28 de março e 3 de abril de 2018, com 510 pessoas com idade entre 25 e 65 anos, residentes em todas as regiões do Brasil e que disseram ter pelo menos R$ 50 mil investidos em algum tipo de aplicação financeira.

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