“Quando a briga parar no governo a bolsa vai subir forte”; veja apostas de gestor

Para gestor, investidores aguardam uma resolução da atual crise política para aplicar em ações no Brasil

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – 2015 tem sido um ano bastante turbulento para o investidor brasileiro em bolsa, em especial o segundo semestre, quando a agência de classificação de risco Standard & Poor’s retirou o grau de investimento do Brasil. Além disso, os desdobramentos da crise política no país ao longo de 2015 também têm afetado os papéis em bolsa. Nesse cenário, o que o investidor pode esperar para os próximos meses?

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Para o gestor e sócio da NCH Capital James Guldbransen, a bolsa terá uma recuperação forte quando tiver uma resolução da atual crise política. “Quando a briga parar no governo a bolsa vai subir forte. A sensação é que os investidores estrangeiros têm é de ‘por favor, acabe com essa besteira e procure uma resolução’”, afirma o especialista dos EUA.

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O gestor explica que, caso aconteça uma resolução rápida do problema político no país, não só é possível que as agências Fitch e Moody’s não rebaixem o Brasil para um patamar abaixo do grau de investimento, como a Standard & Poor’s pode voltar atrás de sua decisão em um horizonte de cerca de dois anos.

Para o gestor, o investidor estrangeiro não demoraria muito para voltar para o mercado brasileiro. “A tragédia atual vai deixar muitas cicatrizes, tanto que, no primeiro momento, quem vai voltar para a bolsa é o investidor brasileiro, mas o estrangeiro vai voltar sim, assim que vir provas de uma recuperação”, fala. “Nos próximos cinco anos, a probabilidade é que o Brasil seja uma das bolsas com maior recuperação”, afirma o especialista.

Caso essa recuperação realmente venha a acontecer, onde o investidor pode apostar? James destaca que concentra suas fichas, no momento atual, no setor financeiro. “Tem bancos muito baratos na bolsa. Eu não acredito que consegui comprar os papéis do Bradesco (BBDC4) com P/VP (preço sobre valor patrimonial) de 1,3 vez. Um dos melhores bancos da América Latina com um desconto de cerca de 35% de sua média histórica”, conta.

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Ainda no setor financeiro, o gestor destaca que acredita bastante na Itaúsa (ITSA4) e também na Cetip (CTIP3) como papéis que se destacam tanto no momento atual, como também em uma eventual recuperação da bolsa.

James ainda declara que aposta nos papéis da Raia Drogasil (RADL3) desde a abertura de capital da empresa. “Quem acompanha os cases de empresas do setor no exterior, como nos EUA, percebe que elas são algumas das maiores altas da história do mercado e é exatamente por isso que o investidor aceita pagar por múltiplos altos em um papel como o da farmacêutica”, explica. “A Raia Drogasil ganha quando a economia está ruim e ganha quando a economia está ótima”, completa o gestor.

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