5 ações recomendadas que são uma verdadeira pechincha na bolsa

Todas as ações que compõem a lista valem menos que o valor patrimonial da companhia

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Procurar ações que estejam baratas na hora de investir é uma das estratégias para quem pretende entrar na bolsa. Um dos indicadores mais utilizados para este tipo de cálculo é o P/VP (preço da ação dividido pelo valor patrimonial da ação): quando ele está abaixo de 1, significa que as ações da companhia valem menos que seu patrimônio e podem indicar um bom ponto de entrada. O InfoMoney conversou com analistas e chegou a uma lista de cinco ações com P/VP menor que 1 que podem ser uma boa opção de investimento.

1 – BR Malls (BRML3)
A BR Malls é a maior empresa de shoppings centers do Brasil, com unidades espalhadas em todas as regiões do Brasil e que compõem um portfólio diversificado por segmento de renda, atendendo consumidores de todas as classes sociais. Atualmente, o P/VP do papel da companhia está em 0,84.

O analista Alan Oliveira, da AZ Futurainvest, aponta que a ação pode ser uma boa aquisição, uma vez que está mais barata que a média do setor. Mesmo que o setor de shoppings tenha sido penalizado na bolsa, o especialista aponta que a companhia está mais descontada que seus pares.

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A corretora Guide Investimentos também recomenda compra para a ação em sua carteira de março. Os analistas apontam que a empresa é uma escolha defensiva contra a inflação, uma vez que uma parcela significativa de sua receita advém do aluguel de lojas, que é reajustado pelo índice de inflação.

2 – Gerdau (GOAU4)
A Gerdau é líder de produção de aços longos – utilizados para o setor de construção civil, indústria e agropecuária, nas Américas e ainda é uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais do mundo. A empresa conta também com presença industrial em 14 países e operações nas Américas, Europa e Ásia.

O P/VP da ação se encontra em 0,4, fazendo com que ela esteja bastante descontada. Alan Oliveira aponta que o setor de siderurgia está sendo muito penalizado na bolsa, e que a Gerdau, especificamente, tende a se beneficiar de suas operações nos EUA. Além disso, a companhia pode ter um desempenho melhor caso a economia chinesa apresente um bom desempenho, relata ainda o especialista.

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A Rico, em sua seleção de investimentos desse mês, assinala que a companhia apresenta resiliência em seus resultados e ainda tem potencial de alta, uma vez que tem participação relevante no Ibovespa e pode se beneficiar da entrada de fluxo de capital estrangeiro na bolsa em março.

3 – Vale (VALE3)
A Vale é a segunda maior mineradora do mundo, sendo líder na produção mundial de minério de ferro e segunda maior na produção de níquel. Além de estar presente em todos os continentes, a Vale ainda participa ativamente da exploração mineral em 27 países.  O P/VP do papel atualmente se encontra em 0,74.

O analista Flávio Conde explica que a desvalorização do papel se dá por conta de uma preocupação com a dívida da empresa e um potencial fluxo de caixa negativo em 2015. No entanto, para o especialista, a companhia pode realizar diversos desinvestimentos que podem ajudar sua situação. Além disso, o minério de ferro também tem apresentado recuperação no seu preço. O analista sugere, no entanto, que o investidor fique atento para outro múltiplo na hora de comprar uma ação: o EV/EBITDA (Valor da Empresa sobre Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações, na sigla em inglês).

A corretora Gradual Investimentos, que também recomenda compra para o papel, aponta que a ação pode ser uma boa escolha como hedge de uma eventual subida do dólar frente ao real, uma vez que a companhia tem boa parte de suas receitas atreladas à moeda norte-americana.

4 – MRV (MRVE3)                 
A MRV é uma incorporadora e construtora fundada em Belo Horizonte que conta com presença em 119 cidades, atualmente. A empresa está mais focada em vendas para segmentos de baixa renda, em especial as pessoas contempladas pelo programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal.

O P/VP do papel está em 0,71. Alan Oliveira explica que o setor de construção civil como um todo está contaminado na bolsa e, com isso, a empresa acabou sofrendo. No entanto, o especialista diz que a companhia se destaca frente as demais de sua área e se beneficia bastante do Minha Casa Minha Vida, programa que parece ser prioritário para a atual administração pública.

5 – Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil é uma empresa de capital misto controlada pelo governo federal com mais de quatro mil agências apenas no Brasil. A instituição ainda conta com mais 50 pontos de atendimento no exterior e 40 mil caixas eletrônicos. O P/VP do papel, atualmente, está em 0,87.

Sobre o banco, Flávio Conde aponta que ele historicamente sempre fica com preços mais baixos do que seus concorrentes do setor privado, por conta de um medo de muitos investidores de interferências do governo federal. No entanto, a empresa está bastante descontada, ainda mais se retirar do valor de seu patrimônio a parcela de controle que o banco detém sobre a BB Seguridade, assinala o especialista.

A corretora Gradual Investimentos espera que os resultados referentes ao quarto trimestre de 2014 da ação sejam bons na parte recorrente, como as maiores receitas de operações de créditos e serviços e excelentes na parte não recorrente, com o reconhecmento de um lucro não-operacional de R$ 3,2 bilhões.