6 passos para montar uma ótima carteira de dividendos

É importante que o investidor mantenha em mente que essa é uma carteira desenvolvida mais para quem quer investir no longo prazo

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Ações de dividendos são as preferidas de muitos investidores que pensam no longo prazo e que gostam de receber renda periodicamente. Também são bastante procuradas em momentos de estresse e muita oscilação no mercado acionário.  “Uma ação tradicionalmente conhecida como pagadora de dividendos sofre menos com a volatilidade em momentos de crise”, explica Clodoir Vieira, analista da Compliance Comunicação. 

No entanto, conseguir um bom retorno com este tipo de papel é preciso levar em consideração alguns pontos importantes. Confira abaixo as dicas de analistas para aqueles que pretendem montar uma boa carteira de dividendos:

1º Passo: Analise bem a empresa – e não apenas o yield
Não basta simplesmente escolher ações que paguem dividendos muito elevados, mas é importante levar em consideração as perspectivas para a empresa. Isso porque o cálculo do dividend yield é efetuado com base na divisão do valor esperado em dividendos pelo preço da ação. Isso quer dizer que, se a ação estiver com um preço muito baixo, é natural que os dividendos pagos sejam proporcionalmente maiores

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“A Oi, por exemplo, é uma empresa com yield elevado. Mas isso só acontece porque a companhia está em baixa na bolsa. É preciso separar as coisas, não dá pra sair comprando papéis só porque ela paga altos dividendos, outras análises são fundamentais”, afirma Pedro Galdi, analista da corretora SLW.

2º Passo: Fique atento em quando serão realizados os pagamentos
Outra dica que o especialista dá para os investidores é atenção em relação ao período em que as empresas pagam os dividendos para os acionistas. “Há bancos que pagam dividendos mensalmente, outras empresas, como a Gerdau, que pagam por trimestre e outras ainda por semestre. Também existem algumas que distribuem os dividendos uma vez por ano”, explica Galdi. Assim, é importante que o investidor saiba qual é a política de pagamento de dividendos da empresa antes de entrar, para assim decidir como organizar sua carteira em relação ao pagamento dos proventos.

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3º Passo: Conheça o histórico de pagamento da empresa em que investir
Outro passo crucial para quem investe em ações de dividendos é ficar atento ao histórico de pagamento das empresas. Clodoir Vieira explica que é necessário analisar no mínimo os últimos cinco anos de distribuição de proventos para saber se a empresa paga constantemente. “Se uma empresa paga muito bem em um ano e no outro não, ela não serve para uma carteira de dividendos”, alerta o especialista.

4º Passo: Planeje sua carteira para o longo prazo
Clodoir Vieira explica que as carteiras de dividendos devem ser planejadas para o longo prazo. “O investidor não deve se preocupar com as oscilações no curto prazo, especialmente porque seu principal foco deve ser a distribuição de dividendos aos acionistas e não a variação de preço do papel”, lembra.

5º Passo: Escolha entre cinco e oito ações
Em relação ao tamanho da carteira, o especialista diz que o ideal é que o portfólio de dividendos tenha entre cinco e oito ações. Vieria explica que, com essa quantidade de papéis, é possível estudá-los mais atentamente ao fazer uma revisão anual nas posições de investimentos. “Também é importante variar os setores, ter uma ou duas ações de cada um, no máximo”, recomenda o analista.

6º Passo: Escolha companhias bem consolidadas – com boa geração de caixa
O último passo é se cerificar que as empresas escolhidas sejam bem consolidadas e possuam boa geração de caixa. “As boas pagadoras de dividendos costumam ser empresas que não precisam desembolar muito dinheiro para investir em suas atividades, uma vez que seus negócios já estão desenvolvidos. Assim, é importante evitar empresas novas ou que estão crescendo muito em uma carteira com esse perfil”, aconselha Clodoir Vieira.