Grande aposta de gestora subiu 8% em março e ainda tem força; confira

As ações da EZTec são a grande aposta da Apex Capital para este ano. Segundo Paulo Weickert, gestor e sócio fundador, os papéis devem valorizar o CDI + 5% até o fim do ano

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Paulo Weickert, CFA, sócio fundador e gestor da Apex Capital, que afirmou em 2013, no Value Investing Brasil, que a EZTec (EZTC3) era a grande aposta da gestora para 2014, continua confiante na companhia. “Os resultados mostraram consistência e nos deu ainda mais conforto em relação ao case. As ações devem valorizar o CDI + 5% até o fim do ano e dar ótimos frutos no longo prazo”, afirmou.

Nos dois primeiros meses de 2014, as ações da construtora caíram 7,38% e 4%, respectivamente, mas, em março, uma valorização de 8% fez os papéis voltarem quase ao patamar do fim do ano passado e com força para continuar subindo nos próximos meses, de acordo com o gestor. “Esta queda está atrelada à bolsa como um todo, que passou por um mau momento em janeiro e fevereiro, junto a uma realização do setor. Ela não teve nenhuma relação com os fundamentos da empresa, tanto que já recuperou grande parte em março”, disse.

A EZTec ficou conhecida por ser um ponto fora da curva no setor de construção civil, visto que a companhia subiu muito nos últimos anos, enquanto o setor está passando por uma fase extremamente ruim desde o ano passado. Enquanto empresas como PDG Realty (PDGR3) e Brookfield (BISA3) ficaram entre as maiores queda do Ibovespa em 2013, a EZTec valorizou 13,39%. Nos últimos cinco anos, os papéis da companhia saíram da sua mínima histórica, de R$ 1,71, e chegaram a mais de R$ 30 no ano passado.

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Weickert explicou que o setor como um todo segue ainda pior que em 2013, porque os níveis de estoque aumentaram, o que pode causar uma pressão nas margens, mas a EZTec continua se destacando porque tem um ótimo banco de terrenos. “A estratégia de ir para a região metropolitana de São Paulo foi muito boa, visto que ela está fazendo um ótimo trabalho em Guarulhos. Outro ponto que vale destacar é que a alta dos juros, que prejudicou muito o setor, não afetou a EZTec, pois ela é a menos alavancada do setor”, explicou.

Em relação à bolha imobiliária, o gestor afirmou que acredita na probabilidade, mas deixa claro que considera ela muito baixa, visto que a alta dos preços dos imóveis está atrelada aos custos, que subiram ao longo do tempo. “A valorização foi devida ao aumento de custos de obra, insumos, mão de obra e preço dos terrenos. Mas essa alta dos preços não inviabiliza a construção”, finalizou.