29 ações do Ibovespa custam menos que o valor patrimonial; confira

As ações da Petrobras, companhia com o maior peso no principal índice da bolsa, são umas das que custam menos que valem

Arthur Ordones

Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí

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SÃO PAULO – O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores paulista, possui 72 ações, de 68 diferentes empresas. Cada empresa possui um valor patrimonial por ação (VPA), que indica o valor do patrimônio líquido da companhia dividido pelo número de total de ações que ela possui. De todas as ações presentes no índice, 29 estão com o preço da ação abaixo do valor patrimonial, o que indica que a empresa está com um desempenho ruim e que suas ações tiveram um recente movimento de queda. No entanto, isso pode indicar também uma oportunidade de compra, visto que a tendência, na maioria dos casos, é que o valor da ação seja corrigido em direção ao valor da companhia, mas isso não é uma regra.

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As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), empresa com a maior participação no benchmark (8,100%), é uma das que se encontra nessa situação. Enquanto o seu VPA é de R$ 26,17, o preço unitário de suas ações valem R$ 14,15, de acordo com o fechamento da última sexta-feira (21/02), o que representa um P/VP (preço da ação dividido pelo valor patrimonial por ação) de 0,54. P/VPs abaixo de 1,0 representam ações baratas, ou seja, com seu preço abaixo do valor patrimonial, enquanto valores acima de 1,0 podem indicar que os papéis estão caros. As ações ordinárias da companhia (PETR3), que têm um peso menor, também estão na mesma situação, já que cada ativo está valendo apenas R$ 13,40.

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Outra empresa com grande participação no índice e em situação favorável em termos de VPA é a Vale (VALE5). No último fechamento, a ação ficou a R$ 30,61, sendo que o valor patrimonial da companhia é de R$ 30,84 (P/VP de 0,99).

É válido lembrar que, apesar de ser algo favorável e que pode ser levado em conta na escolha de uma ação, não pode nunca ser o único critério do investidor, afinal, muitos outros fatores também tem que ser levados em consideração, como capacidade de geração de caixa da empresa, a margem com a qual ela está trabalhando, o seu dividend yield, seu nível de endividamento e a qualidade de sua dívida, segundo analistas.

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Outras empresas com uma participação de relevância no Ibovespa e que estão com o valor da ação abaixo do valor patrimonial são: Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4) e BM&FBovespa (BVMF3). Seus P/VPs, de acordo com o fechamento do dia 21, são 0,70, 0,83, 0,84 e 0,95, respectivamente.

Eletrobras: o VPA mais atrativo do Ibovespa
A Eletrobras foi uma das empresas que mais sofreu com a MP 579, que renovou as concessões dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e reduziu as tarifas da conta de luz para os consumidores finais. A companhia estatal sofreu perdas contábeis de R$ 10 bilhões com a medida e os investidores viram suas ações derreterem mais de 60%.

Por conta disso, hoje, as ações ordinárias e preferenciais classe B da empresa representam os dois VPAs mais atrativos do benchmark, o que pode indicar uma recuperação em curto prazo. Enquanto a companhia tem um valor patrimonial de R$ 48,42, os papéis ELET3 fecharam a R$ 4,90 e os ELET6 a R$ 8,90, na última sexta-feira. O preço atual representa um P/VP de 0,10 e 0,18, respectivamente.

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Outras empresas com VPA atrativo
Outras empresas que estão com o VPA atrativo são: Rossi Residencial (RSID3), Brookfield (BISA3), PDG Realty (PDGR3), Copel (CPLE6), Eletropaulo (ELPL4), Oi (OIBR4), Gafisa (GFSA3), Usiminas (USIM5), Marfrig (MRFG3), BR Properties (BRPR3), Gerdau Met (GOAU4), Cesp (CESP6), Bradespar (BRAP4), Even (EVEN3), BR Malls (BRML3), Energias BR (ENBR3), Suzano (SUZB5), MRV (MRVE3), Light (LIGT3), Fibria (FIBR3).