BNP Paribas revela 4 de suas escolhas na bolsa no começo do ano; confira

Além de suas 4 escolhidas, asset divulga ainda suas estratégias em Dividendos, Small Caps e suas perspectivas para o mercado em janeiro

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A BNP Paribas Asset Management divulgou seu mais recente relatório mensal e com ele quatro de suas escolhas na bolsa brasileira para o mês de janeiro. Via Varejo, Bradesco, BR Malls e BM&FBovespa. Além de suas apostas, os gestores comentam também o cenário brasileiro e ressaltam que os desafios seguem grandes por aqui.

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As escolhidas
A Via Varejo é a primeira empresa citada no relatório da instituição europeia. São dois os pontos principais citados pelos gestores que justificam a inclusão da companhia: um valuation extremamente atrativo e as inciativas de corte de custos e despesas que a empresa vem realizando, aumentando sua margem no médio prazo. “Acreditamos que no preço da oferta, o ativo representa uma margem de segurança interessante e retorno razoável”, afirma a Asset do BNP.

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Já em relação ao Bradesco, o principal comentário dos gestores é que o setor financeiro deve apresentar bons resultados em 2014, por conta da inadimplência controlada, mudança nos perfis das carteiras de crédito e patamares mais elevados das taxas de juros.

Outra empresa vista com bons olhos pelos gestores da BNP Paribas é a BR Malls. “Encontramos um valuation extremamente agressivo que suporta a mais conservadora projeção de crescimento e, mesmo neste cenário, nos oferece uma taxa de retorno de 11% ao ano”, destaca a instituição, que ressalta ainda as fortes quedas que os papéis sofreram recentemente não devem se manter.

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Sobre a última de suas escolhas, a BM&FBovespa, os gestores afirmam que o mercado está trabalhando com uma curva de volumes muito fracos para frente, o que não parece razoável de acordo com as expectativas da instituição.

Reduções
São três as empresas que estão com peso reduzido pela BNP Paribas Asset. A primeira delas é a Ambev, que teve sua participação diminuída por conta de seu valuation relativo, os gestores afirmam que por enquanto estão satisfeitos. Sobre a Embraer, o destaque é a queda que o papel havia sofrido após o fraco resultado do terceiro trimestre de 2013, por conta de uma recente alta, a instituição julgou ser a hora adequada de diminuir a exposição na companhia.

A Klabin teve sua participação reduzida por conta de sua recente valorização após o anúncio da emissão privada de debêntures conversíveis para financiar seu projeto de celulose. “Após esse movimento de preço, optamos por uma redução de posição”, explica a Asset.

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Dividendos
Sobre sua estratégia em boas pagadoras de dividendos, a BNP Paribas destaca a correlação negativa entre o desempenho das companhias e o aumento da taxa de juros, fato que foi mais uma vez comprovado no último mês de 2013.

Sobre suas escolhas nesse perfil de investimento, os gestores destacam a BR Properties, “que apresentou uma forte desvalorização com a alta dos juros, mas deve gerar dividendos extraordinários no curto prazo após a recente venda do segmento de galpões”. Outra escolha foi pela Vivo, que também sofreu desvalorização no final de 2013, aumentando assim seu yield e podendo trazer bons ganhos de capital.

Small Caps
Em dezembro, o índice de Small Caps apresentou desvalorização mais uma vez, mas agora em menor magnitude, comparado a outros índices. As piores performances dentre as apostas da BNP Paribas foram a Cosan, por conta do início do processo contra a ALL, e a Brasil Pharma, que anunciou que deve fechar mais lojas.

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Do outro lado da moeda, as duas melhores Small Caps que a Asset investiu foram a Mills, que tem comunicado ao mercado que espera um resultado mais forte no quarto trimestre de 2013, e a Minerva, que se beneficia com a desvalorização do real.

Perspectivas
No cenário internacional, o destaque são os EUA, caso sua economia se mantenha em ritmo de crescimento, existe a possibilidade de o mercado antecipar um aperto de juros, o que pode ser ruim em um primeiro momento para os ativos de renda variável. Em relação à segunda maior economia do mundo, a China, os gestores afirmam que sua economia começa a dar sinais de cansaço e isso pode influenciar o preço das commodities.

“No Brasil, os desafios seguem grandes”, afirma a BNP Paribas em relação ao cenário interno. O câmbio deve continuar depreciado aqui por conta da redução de estímulos nos EUA, o que deve alimentar a inflação e diminuir o consumo.