Gestora de quase R$ 10 bi encerra dois investimentos em ações; veja os motivos

Rio Bravo saiu da Valid e da T4F

Leonardo Pires Uller

Publicidade

SÃO PAULO – A gestora Rio Bravo Investimentos, que administra cerca de R$ 9,6 bilhões, decidiu encerrar dois investimentos em seu fundo Rio Bravo Fundamental FIA:  Time For Fun Entretenimento (SHOW3) e a Valid (VLID3). Os gestores afirmam, em relatório mensal, que os resultados obtidos em cada uma das companhias foram muito distintos.

Pelo lado positivo
A entrada da Rio Bravo na Valid aconteceu em 2009 e, segundo a gestora, o investimento rendeu, em média, 40% ao ano. “Adquirimos estas ações acreditando na capacidade da empresa de oferecer soluções de segurança e na crescente importância disto no mercado, premissas que se verificaram”, afirma a Rio Bravo.

Ao longo dos anos, os gestores destacam que mudanças fundamentais ocorreram no mercado da empresa, que, mesmo assim, soube se adaptar. “Um exemplo interessante foi a oferta de SIM Cards, um produto que atende uma necessidade de segurança de informação e que cresceu com a base de celulares”, ressaltam os gestores sobre as inovações na empresa.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Acompanhe a cotação de todos os fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa

No relatório mensal a Rio Bravo afirma que ainda gosta muito da empresa, mas acredita que seu valuation se tornou menos atrativo. “desde o início de 2012 éramos questionados se não seria hora de encerrar o investimento. Convictos sobre a companhia, mantivemos a posição por mais tempo, aproveitando boa parte da alta de 121% que a ação teve em 2012. Ao longo do segundo semestre daquele ano e início deste, reduzimos dois terços de nossa posição”, explica a gestora.

Pelo lado negativo
Já a T4F entretenimento foi “um investimento que se revelou problemático”. A escolha pela empresa se deu em um momento em que ela estava com bons patamares de retorno e geração de caixa e com invejável posição competitiva, segundo a gestora.

Continua depois da publicidade

“Em retrospecto, percebemos que erramos na interpretação do modelo de negócios”, atesta a gestora. A grande quantidade de pequenos shows nacionais dava a impressão de diversificação dos negócios da empresa, mas não foi possível comprovar isso na divulgação de resultados da companhia.

Quer saber mais sobre os termos usados no mercado financeiro? Acesse o glossário InfoMoney

Além disso, a gestora ressalta ainda que subestimou o impacto da concorrência e superestimou a atratividade do setor. “Conhecendo a posição de liderança da companhia e os acordos que possuía, acreditamos que o aumento da concorrência não teria um impacto tão relevante nos resultados e confiamos na interpretação do management de que a concorrência provavelmente voltaria a recuar”, explica a Rio Bravo.

Continua depois da publicidade

Os gestores encerram afirmando que sabem que os papéis da companhia estão deprimidos, mas não vê um cenário melhor para 2014 ou 2015. Assim, após quase dois anos de investimento, a gestora preferiu sair com um prejuízo de quase 50%.