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SÃO PAULO – No próximo dia 22, sexta-feira, o Conselho de Administração da Petrobras se reunirá para discutir a tão esperada metodologia de reajuste dos combustíveis. De acordo com Adriano Moreno, analista da Futura Investimentos, o acontecimento fará as ações da estatal “explodirem”, para cima ou para baixo. “O que eu tenho certeza é que ela não irá andar de lado”, afirmou.
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Segundo Moreno, isso irá ocorrer porque este é um típico evento binário, ou seja, não existe a possibilidade de as ações continuarem no mesmo patamar depois do anúncio. “Considerando o último balanço da companhia, posso dizer que é impossível não vir reajuste neste ano, no entanto, a pressão inflacionária pode ser uma barreira”, disse. Para ele, um reajuste de 6% já está precificado, então se vier acima disso, o papel sobe muito, se vier abaixo, despenca.
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Oportunidade para quem tem apetite por risco
De acordo com Eduardo Machado, analista da Amaril Franklin, o evento do dia 22 pode ser uma boa oportunidade para investidores que tem mais apetite por risco, por conta da incerteza em torno da aprovação ou não. “A presidente Dilma disse ser favorável, mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não seria uma boa por conta de pressão inflacionaria. Ou seja, é um evento que traz um grande componente de incerteza”, explicou.
Para ele, o investidor que gosta de aproveitar essas oportunidades tem que se posicionar o quanto antes, visto que só faltam 10 dias para o evento e nos próximos dias já deve começar movimentos especulativos de alta. “Quando há eventos com datas já pré-definidas, as ações costumam ter um movimento forte com antecedência, alguns pregões antes”, disse.
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O especialista explicou que se o investidor deixar para comprar as ações na véspera, não vai ser muito interessante, pois ele poderá estar comprando uma ação já no meio do movimento de alta. “Além de perder parte dos ganhos, depois da noticia pode haver um movimento de realização de lucro. É normal isso ocorrer com esses eventos, os papéis tem uma alta imediata, a curto prazo, mas recuam logo nos pregões seguintes”, explicou.
É importante lembrar que, apesar da possibilidade de ter ganhos expressivos com a especulação em torno da notícia, o que sustenta retorno para o acionista é a entrega de resultado por parte da empresa. A notícia em si vai trazer uma oscilação momentânea, mas com os resultados aparecendo, as ações irão ter ganhos consistentes a longo prazo.
