Ibovespa deve subir até o fim do ano, diz Easynvest; entenda os motivos

Segundo Marcio Cardoso, da Easynvest, o adiamento do corte dos estímulos pelos EUA ajudaram a manter o interesse dos investidores estrangeiros nos países emergentes

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores paulista, encerrou em alta pelo quarto mês consecutivo. Em outubro, a valorização foi de 3,66%, sendo que, no mês anterior, o benchmark subiu 4,66%, apresentando o melhor desempenho de 2013. Entretanto, no acumulado do ano, o resultado ainda é negativo em 11%.

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De acordo com Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest, no curto prazo, o cenário externo menos volátil deverá influenciar positivamente o comportamento do Ibovespa até o final de 2013.

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Petrobras em boa fase
Para ele, o bom desempenho do índice no mês passado foi puxado pelo comportamento das ações da Petrobras (PETR4) e pelos resultados do terceiro trimestre, maiores que os projetados pelos analistas de mercado para algumas empresas que compõem o Ibovespa. “Setores como mineração, siderurgia e consumo também performaram satisfatoriamente”, afirmou.

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Segundo o especialista, a expectativa agora gira em torno do dia 22 de novembro, quando a Petrobras apresentará o novo modelo de reajuste dos combustíveis. “Vamos aguardar a reação do mercado frente à nova metodologia para o cálculo dos preços, que poderá trazer maior previsibilidade para o fluxo de caixa da empresa”, explicou o sócio.

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Fora do índice
O destaque negativo ficou novamente para o imbróglio que envolve a OGX, do empresário Eike Batista. “O compasso de espera para a solicitação da recuperação judicial da empresa, concretizada no último dia 30, foi o principal fantasma que rondou o mercado. Caso as ações da companhia não estivessem na composição do Ibovespa, a alta registrada seria em torno de 4,5%, ou seja, um impacto bastante expressivo”, destacou Cardoso.

As ações da OGX deixam de fazer parte do cálculo do índice, após um leilão especial realizado dia 31 de outubro, no qual as ações chegaram a ter preço teórico de R$ 0,01. No primeiro pregão fora do índice, na sexta-feira (31), as ações da companhia fecharam em alta de 7,69%, a R$ 0,14.

Cenário externo ajuda mercado doméstico
Ainda segundo o diretor, o adiamento do corte dos estímulos pelos EUA ajudaram a manter o interesse dos investidores estrangeiros nos países emergentes. As compras líquidas, só na bolsa brasileira, até o dia 30, foram de R$ 1,2 bilhão.

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Para o executivo, os estrangeiros ainda são a principal mola propulsora do nosso mercado de renda variável. “Existe uma desconfiança do investidor local, principalmente em relação a fatores macroeconômicos, como a volta da inflação, o crescimento do PIB para 2014 e a alta da taxa básica de juros. No entanto, participantes como as pessoas físicas e os institucionais também são importantes para o crescimento do mercado acionário local”, explicou.