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SÃO PAULO – O múltiplo Preço/Lucro, mais conhecido como P/L, é muito usado para analisar se as ações de uma companhia estão caras ou baratas. Com ele, é possível avaliar como o mercado vê os ativos da empresa em relação à riqueza que ela está criando, divulgada em seus resultados trimestrais.
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Para calcular esse múltiplo, pega-se o preço de mercado do papel e o divide pelo lucro líquido mais recente divulgado pela companhia dividido pelo número de ações que ela possui. Ou seja, se uma determinada ação custa R$ 10,00 e o lucro líquido da empresa divido pelo seu número de ações for de R$ 2,00, por exemplo, o P/L dela será 5. Mas o que esse número significa? Este 5 será o número de anos que o investidor demorará para ter o retorno de seu capital de R$ 10,00 investido na aquisição das ações, caso a empresa apresente resultados iguais nas próximas safras de balanço corporativo.
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Resumindo, quanto menor o P/L, mais atrativo está o preço da ação, porém, é importante ficar atento que P/Ls baixos são bons, mas P/Ls negativos podem ser uma grande furada, afinal, isso significa que a empresa não teve lucro nenhum no período, mas sim um prejuízo líquido, o que indica falhas nos fundamentos da empresa e, consequentemente, um desempenho ruim de seus ativos.
Os menores P/Ls (positivos) do Ibovespa
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores paulista, é composto por 73 ações de 67 empresas diferentes (visto que as companhias Bradesco [BBDC3 e BBDC4], Eletrobras [ELET3 e ELET6], Oi [OIBR3 e OIBR4], Petrobras [PETR3 e PETR4], Usiminas [USIM3 e USIM5] e Vale [VALE3 e VALE5] possuem ativos ON e PN).
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Dos 73 ativos que compõem o benchmark, 17 tiveram prejuízos líquidos no último balanço e estão com um P/L negativo. Já os outros 56, tiveram lucro líquido no último resultado e, portanto estão com um P/L positivo. Mas, afinal, quais são as companhias que possuem este importante múltiplo da análise fundamentalista mais atrativo?
De acordo com levantamento realizado pelo InfoMoney, apenas 3 ações estão com o P/L abaixo de 7: a Cemig (CMIG4), o Banco do Brasil (BBAS3) e a BR Malls (BRML3), com 4,08, 4,39 e 6,68, respectivamente. Essas são as ações, que obtiveram lucro no último balanço, com o preço mais atrativo do índice.
Outras 9 ações obtiveram um P/L abaixo de 10, também considerado atrativo, são elas: a Oi (OIBR4), com 7,30, a (OIBR3), com 7,64, a Sabesp (SBSP3), com 7,75, a Eletropaulo (ELPL4), com 7,94, a Petrobras (PETR3), com 8,35, (PETR4), com 8,91, a MRV (MRVE3), com 9,16, a Cyrela (CYRE3), com 9,19, e a Transmissão Paulista (TRPL4), com 9,40.
Os 10 maiores P/Ls do Ibovespa
Todas as 10 ações mais caras do Ibovespa, ou as que o investidor demora mais tempo para reaver seu capital investido, estão com um P/L acima de 35, considerado alto. As ações mais caras do índice, hoje, possuem um P/L de 135,57, que são os papéis da América Latina Logística (ALLL3). Apesar de um P/L como esse indicar que os ativos estão caros e pouco atrativos, mostra também o bom desempenho das ações da companhia no ano, com alta de 8,93%, até o fechamento de quinta-feira (26).
Entre outros P/Ls pouco atrativos estão os da Braskem (BRKM5) (59,86), da Dasa (DASA3) (43,06), da Vale (VALE3) (40,82), da BRF (BRFS3) (40,06), da Lojas Americanas (LAME4) (39,53), da Cosan (CSAN3) (38,47), da Vale (VALE5) (37,03), da Bradespar (BRAP4) (36,53) e da Hypermarcas (HYPE3) (36,08).
Empresas com prejuízo líquido no último balanço
As empresas que ficaram com prejuízo líquido nos resultados do último balanço, obtiveram, obviamente, um P/L negativo, o que já deixa de ser atrativo para os investidores, levando em consideração a situação dos fundamentos da empresa.
O menor P/L do índice foi o da Suzano (SUZB5), de -49,97, seguido da Fibria (FIBR3), de -19,63, da Usiminas (USIM5), de -15,68, da (USIM3), de -15,55 e da LLX (LLXL3), de -14,13. Já as companhias que ficaram mais perto de um P/L positivo foram a OGX (OGXP3), com -0,16, a Eletrobras (ELET3), com -0,90, e a (ELET6), com -1,48.
Confira a tabela com todos os ativos do Ibovespa e seus respectivos P/Ls:
