“Continuamos com um pé atrás”, diz Concórdia sobre bolsa

Segundo a corretora, a alta de julho representa apenas um respiro e não uma virada

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O Ibovespa, principal índice da Bovespa, fechou o mês de julho em alta de 1,64%, após seis meses consecutivos de queda. Apesar da valorização, o índice ainda acumula uma queda de 22,83% em 2013, até o fechamento da última quarta-feira (07), passando de 60.952 pontos para 47.446.

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Segundo a corretora Concórdia, faltou consistência nessa alta, que representa apenas um respiro, e não uma virada, afinal, apesar de o desconto de alguns ativos continuar refletindo de forma positiva na bolsa em agosto, a corretora ainda está com um gosto que falta alguma coisa. “Estamos felizes por, finalmente, o Ibovespa irromper sua trajetória de seis meses consecutivos de queda e emplacar um primeiro período de alta no ano de 2013, mas entendemos que este suspiro ainda não reflete um contexto de conforto”, afirmou.

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Essa percepção, de acordo com a corretora, é proveniente do fato de que, neste mês, se inicia o período de férias no Hemisfério Norte e, consequentemente, a menor atratividade de uma economia cambaleante, que pode manter os estrangeiros fora do jogo. “Desta forma, por enquanto, permaneceremos com um pezinho atrás”, completou a Concórdia.

Foco em empresas voltadas ao mercado doméstico
Ainda segundo a corretora, ainda não é o momento de aumentar a exposição em empresas atreladas ao mercado externo, ou empresas de commodities que, apesar de permanecerem na carteira da Concórdia, ficaram com seu peso inalterado, como a Vale (VALE5), por exemplo.

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Os dados fracos da China penalizaram muito as ações da mineradora, que já apresenta uma queda de quase 25% no ano. No entanto, no mês de julho a companhia foi beneficiada pela alta expressiva do dólar, que chegou a R$ 2,30, valorizando 4,07% no acumulado fechado do mês. “Nós recomendamos manter as alterações dentro de um mix de ativos de elevada qualidade e mercados sólidos”, alertou.

Mesmo recomendando cautela com empresas desse setor, a corretora ainda aposta em um preço-alvo de R$ 53,56 para a Vale, sendo que sua cotação no fechamento da última quarta-feira (07) foi de R$ 29,06, o que representa um upside de quase 90%.