Aprenda a usar as carteiras recomendadas e ganhe mais na bolsa

Investir no mercado de renda variável usando a estratégia da carteira recomendada pode ser algo muito rentável, no entanto, existem alguns cuidados que devem ser tomados

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Muitas corretoras produzem uma ou mais carteiras recomendadas de ações com periodicidade semanal e /ou mensal, indicando para o investidor um portfólio de ativos, cada um com seu respectivo peso. As carteiras podem ser de ações top picks, de boas pagadoras de dividendos, de small caps, ou até divididas por perfil de investidor, como conservador, moderado e arrojado.

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Segundo especialistas, investir no mercado de renda variável usando a estratégia da carteira recomendada pode ser algo rentável, no entanto, existem alguns cuidados que devem ser tomados para que o investimento não se torne uma furada.

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De acordo com Mauro Calil, educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro, é interessante analisar várias carteiras e a consistência da performance positiva delas. Para ele, não adianta comparar e ver quais ações estão presentes em todas, pois não é porque todo mundo está recomendando que as ações vão subir. “O ativo ser muito recomendado, individualmente, não significa nada”, afirmou.

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O educador sugere que o investidor acompanhe o desempenho das carteiras por algum tempo. Por exemplo, se de 12 meses de recomendações a carteira ficou entre as cinco melhores em 10, enquanto outra entrou só duas vezes, você já consegue ver qual é o analista que tem o melhor desempenho, para assim escolher sua carteira.

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Segundo ele, ficar em primeiro em um mês não significa nada. “Do jeito que é o mercado de renda variável, no mês seguinte a mesma pode ficar em último, portanto, é importante olhar a performance em um período de um ano. É melhor nunca ter ficado em primeiro, mas ter ficado entre as cinco melhores por vários meses do que ficar uma vez em primeiro e nos outros meses entre as últimas. A confiança no gestor ou analista vem da periodicidade entre as melhores colocações”, completou Calil.

“Nunca misture carteiras”
De acordo com Allan Oliveira, analista da Futura Investimentos, é importante que o investidor escolha uma carteira e siga ela à risca, evitando misturar ações de diversas carteiras, pois assim ele irá misturar também estratégias e poderá acabar colocando os pesos errados ou focando muito em um setor só, por exemplo.

Segundo ele, as corretoras montam as carteiras visando uma estratégia, um perfil de investidor e distribuindo o peso corretamente entre as ações, portanto, é melhor confiar no especialista do que querer mesclar diversos portfólios por si só. “É importante seguir fielmente a carteira escolhida, mas o investidor deve ficar atento na hora de escolher qual corretora usar, pois é preciso que ele entenda a filosofia da carteira, o motivo daquelas ações terem sido escolhidas e para qual perfil de investidor ela é voltada, ao invés de olhar somente a rentabilidade”, alertou.

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“O histórico de rentabilidade também conta, obviamente, mas o investidor tem que estar de acordo com a filosofia da carteira, se não o investimento pode dar errado”, finalizou Oliveira.