A aposta de 7 corretoras sobre os rumos da bolsa neste mês

O mercado acionário brasileiro continua desafiador e a bolsa ainda é vista com muita desconfiança pelos investidores

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – O mercado acionário brasileiro continua desafiador e a bolsa ainda é vista com muita desconfiança pelos investidores. Em maio, o Ibovespa, principal índice da Bovespa, caiu 4,30%, enquanto a queda acumulada do ano já chega aos 13,37%, até o dia 05 de junho.

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As corretoras estão mais pessimistas ainda com o mercado para o mês de junho, após um PIB abaixo do esperado no primeiro trimestre e mais uma alta da taxa Selic no ciclo de aperto monetário. Confira abaixo trechos de relatórios de 7 corretoras sobre as expectativas para os rumos da bolsa neste mês.

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Bradesco/Ágora
“Vemos um cenário mais complexo para o mercado brasileiro, com o desempenho econômico mais tímido revelado pelo dado recente do PIB do 1T13, a inflação ainda pressionando e com o aumento da taxa de juros. Nossa expectativa era que a economia já estivesse mostrando neste momento sinais mais fortes de recuperação e já alimentando a evolução dos resultados das empresas, o que certamente vai levar mais tempo para se concretizar. Este cenário também traz riscos relacionados a novas medidas possíveis de serem adotadas pelo governo para estimular a economia. Já incorporando os dados mais recentes, nossa equipe agora estima crescimento do PIB de apenas 2,2% em 2013 (3,2% para 2014). Também revisamos nossa expectativa para o mercado brasileiro com um novo alvo para o Ibovespa de 62.000.”

Concórdia
“Entramos em Junho com novas incertezas e um gostinho amargo deixado pelos últimos dias do mês de maio. O contexto de crescimento menor, juros mais altos e ampliação da atratividade por economias desenvolvidas, não têm trazido bons ventos para o Ibovespa. Nestes momentos somos compelidos a invocar a tão conhecida cautela, que tem norteado nossas recomendações na maior parte desta primeira metade do ano. Com isto, reforçamos nossas apostas em ativos que se destaquem por manter performance financeira e operacional ainda em patamares satisfatórios e que veem mostrando certa resiliência a despeito de um ritmo mais fraco do consumo interno. Estamos voltando a alocar uma fatia maior no perfil Dividendos, assim como mantendo participação relevante nas empresas Valor. Já no portfólio Ibovespa, estamos reduzindo o peso, mas sem deixar de acreditar que escolhemos bons papéis para compô-lo.”

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Gradual
“Estávamos mais positivos com a bolsa, principalmente, depois dos resultados do 1T13 das empresas brasileiras que foram, em média, acima do esperado; principalmente, Petrobras e Vale. Nosso cenário positivo baseava-se em 4 fundamentos macroeconômicos que se deterioraram durante final de maio: PIB crescendo perto de 1% no 1T13 e não apenas 0,6%; Copom aumentando a Selic em 0,25% e não 0,50%; FED comprando títulos públicos durante muito tempo e não se preparando para diminuir as compras; e China voltando a crescer e não desacelerando o crescimento pelo 4ª. mês consecutivo. Agora estamos mais receosos com as perspectivas, principalmente, do mês de junho, quando acreditamos que a piora do cenário pode impactar negativamente a performance das ações brasileiras no período.”

Indusval
“Estamos terminando maio com grande pessimismo e vamos começar junho com essa mesma tendência. Salvo, se o governo adotar alguma medida na tentativa de acalmar este mercado. Entretanto, com esse cenário de juros e dólar crescentes, vamos adotar o seguinte critério para a Carteira de Sugerida de junho: Não alocaremos nenhuma empresa do setor de construção, shopping, varejo (vestuário ou bens duráveis), energia elétrica e mineração. A Petrobras possuía dívida em dólar de R$ 127 bilhões em março/13, apesar disso, as suas ações tiveram um bom desempenho com queda de apenas 0,20% no mês de maio. Entretanto, sem nenhuma outra sinalização positiva, a Petrobras também não fará parte da nossa carteira.”

Socopa
“O Ibovespa voltou a operar na contramão das bolsas internacionais e fechou o mês de maio em baixa de 4,30%, a0s 53.506 pontos. A carteira Top Pick recuou 2,43% no período. No cenário doméstico, o PIB do 1T13 decepcionou ao mostrar fraco crescimento de 0,6%, com piora tanto pela ótica da demanda, quanto pela oferta. Na tentativa de mitigar o risco de inflação, o Banco Central intensificou a política de aperto monetário ao elevar a taxa Selic em 0,5 p.p. na última reunião do Copom, surpreendendo maior parte do mercado. A combinação de fraco crescimento e inflação sob pressão ainda tem pesado sobre os negócios.”

BB Investimentos
“O PIB do Brasil no 1T13 mostrou elevações de 0,6% em relação ao 4T12, de 1,9% em comparação com o 1T12 e 1,2% no acumulado em 4 trimestres sobre 4 trimestres imediatamente anteriores. Os dados vieram aquém do consenso de mercado. Assim, os investidores tenderão a continuar muito mais sensíveis às movimentações e a evolução do cenário externo, que serão determinantes para a trajetória da Bovespa.”

Planner
“O Ibovespa esboçou uma recuperação no mês de maio, mas não resistiu, mais uma vez, à pressão da fragilidade da economia brasileira e à falta de clareza num horizonte de médio prazo, com forte deterioração nos dois últimos pregões do mês, registrando queda de 4,3%. No ano, a bolsa acumula queda de 12,2%. Na primeira metade do período, o mercado foi influenciado pela safra de resultados do 1T13, com maior parte das empresas do Índice registrando queda no lucro líquido em relação ao 1T12.”

“Para o mês de junho nossa expectativa segue conservadora em relação ao comportamento da Bovespa. Acreditamos que a ausência de fatores importantes do lado corporativo e as atenções voltadas para o noticiário macroeconômico, que permanece sem sinais de melhora no curto prazo, deverão determinar o rumo do mercado neste mês. O movimento de alta do dólar e o comportamento das economias de grandes países poderão continuar pressionando as ações das empresas ligadas a commodities, com peso relevante no Ibovespa, e a melhora dos indicadores dos Estados Unidos sozinha já não tem sido suficiente para animar a Bovespa. Além disso, observa-se que a falta de atratividade do nosso mercado vem levando investidores a uma diversificação dos investimentos em bolsas internacionais.”