12 lições dos banqueiros suíços para você ganhar mais na bolsa

Após a 2º Guerra Mundial, banqueiros e empresários começaram a investir de maneira maciça, e para mitigar riscos definiram algumas regras básicas para seguirem

Gabriella D'Andréa

Swiss flag

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SÃO PAULO – Considerados um dos povos mais ricos do mundo, os suíços são famosos, principalmente, por suas sólidas instituições financeiras. O que muitos não sabem é que essa fama nasceu após a 2ª Guerra Mundial, quando banqueiros e empresários do país europeu decidiram fazer dinheiro através de alguns mercados como o de ações, imóveis, moedas e mercadorias de Wall Street. A partir dessa prática constante, foram estabelecidas algumas regras para que os riscos fossem diminuídos, enquanto os lucros cresciam rapidamente.

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Pensando em reunir essas regras, Max Gunther escreveu o livro “Os axiomas de Zurique”, compilando todos os ensinamentos desenvolvidos pelos banqueiros suíços. Confira os 12 grandes axiomas listados na obra:

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1º – Risco
No primeiro axioma, os banqueiros suíços afirmam que para ganhar dinheiro é preciso arriscar. Com o risco vem a preocupação permanente, mas ao contrário do que muitos dizem, a preocupação não é algo ruim e sim aquilo que nos impulsiona e deixa a todos atentos.

2º – Ganância
Ao assistir uma ação sofrer forte valorização surge a dúvida: vender ou não vender? Para os banqueiros o investidor deve “vender cedo demais”, isso é, não esperar o papel atingir o pico para realizar o lucro. Não se deve contar com a sorte ou ouvir conselhos alheios dizendo que a ação ainda deve subir, a não ser que surjam fatos concretos que apontem para uma tendência de alta. E caso o papel ainda suba depois de você ter saído, não lamente.

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3º – Esperança
Quando surgirem problemas não adianta rezar para que eles sumam. Saia do papel rapidamente. Ficar estático não apenas não soluciona a situação, como pode dificultá-la ainda mais. Portanto, o ensinamento é saber perder e não insistir em algo que não vai bem.

4º – Previsões
Nesse axioma, os banqueiros dizem para não construir sua carteira baseada em previsões, pois ninguém tem a capacidade de prever o que vai acontecer. A dica nesse caso é montar um portfólio baseado naquilo que acontece, que está a sua frente, através de estudos e análises. E se mesmo assim não der certo, o investidor deve se lembrar do 3º axioma: abandone o barco.

5º – Padrões
Não se atenha a padrões. Se apegar a uma ordem não é garantia de rentabilidade, pois como já foi colocado anteriormente, não é possível prever os próximos passos da bolsa de valores e das aplicações em geral. Portanto, estude bastante, e quando encontrar um ativo que lhe indique boas perspectivas, invista.

6º – Mobilidade
A palavra de ordem ao aplicar é mobilidade. Não se deve ficar estagnado por sentimento de lealdade ou expectativa de que o negócio vai se recuperar. Também não é desejável que se pule de uma ação para outra. A decisão de sair deve ser tomada após colocar os prós e contras em uma balança. “Atenção: não permita que as raízes engrossem demais. Ficam difíceis de cortar”, pontua Gunther.

7º – Intuição
Desde que tratada com cuidado e ceticismo, a intuição pode ser uma forte aliada na especulação. Caso o investidor tenha um pressentimento muito forte sobre determinado papel, ele deve analisar o que o levou a tal pensamento, isso é, buscar um banco de dados dentro de sua mente que explique essa intuição.

8º – Da religião e do ocultismo
Confundir dinheiro e sobrenatural costuma ser uma mistura não muito boa. Tentar justificar algum investimento usando o nome de Deus ou a forças ocultas é algo perigoso. Portanto, o melhor é deixar os dois mundos bem distantes um do outro e se basear apenas em seus próprios talentos.

9º – Do otimismo e pessimismo
Estar repleto de otimismo pode ser algo danoso ao investidor. Exatamente pela sensação boa que ele traz, as decisões podem acabar não sendo as melhores. A sugestão dos banqueiros suíços é se perguntar como você sairá do negócio caso ele não dê certo. Com essa resposta o acionista tem mais do que apenas otimismo, tem confiança.

10º – Consenso
Entrar na onda da maioria costuma ser algo prejudicial ao investidor. Até porque as especulações tendem a recomendar que se compre na alta e venda na baixa. Mas é preciso pensar com a sua cabeça antes de dar ouvido a outras pessoas.

11º – Teimosia
Perseverança pode ser algo muito bom em diversas situações, mas quando se trata de ações ela deve ter um limite. Não se deve acreditar que um papel lhe “deve” alguma coisa ou que realizar o preço-médio pode ajudar a reverter os prejuízos. O mais importante é escolher papéis pelos seus méritos.

12º – Planejamento
No último axioma, os banqueiros advertem que não se deve fazer um planejamento de longo prazo e fincar raízes nele. Em vez disso, o investidor deve ir realizando as alterações necessárias de acordo com o tempo e com as mudanças que forem ocorrendo. O único planejamento que pode ser feito a longo prazo é o de ficar rico. Mas o como deve ser definido de acordo com o momento.