4 motivos para acreditar na retomada das ações da Petrobras

Um deles é a abertura de 7 novos poços em 2013 que entregarão 500 mil barris até o final do ano

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Após passar um período afastada das recomendações das corretoras, com muitas desconfianças principalmente por conta da ingerência do governo, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) voltaram a figurar entre as ações mais indicadas pelos analistas do mercado. O principal motivo desse retorno foi a divulgação dos resultados referentes ao 1º trimestre de 2013 que vieram acima da expectativa do mercado.

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Diante de um cenário mais otimista para a estatal, será que os investidores podem acreditar na “volta por cima” das blue chips da Petro? “O pior já passou para a Petrobras. A companhia voltou a trilhar uma trajetória de melhora na receita e na redução de custos, fatores que lhe conferem uma boa perspectiva para os próximos meses”, afirmam os analistas da Gradual Investimentos, Flávio Conde e Paulo Esteves.

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Já o economista e diretor da Norfolk Advisors, Ricardo Torres, é mais enfático e acredita que a companhia é a melhor oportunidade dentro da bolsa de valores nacional. “Ela é uma empresa estabelecida, com fluxo de caixa estável e realiza diversos investimentos. O problema dela foi a intervenção do governo que agora para estar mais branda”, aponta.

O InfoMoney pediu para  que especialistas listassem alguns fatores que indicam essa provável alta dos papéis da Petrobras. Confira quais foram os 4 pontos elencados: 

1º – Para Torres, um dos motivos que embasam a provável alta da ação, dentro de 2 anos (2015), estão a queda da produção que deve começar a atingir poços do Oriente Médio, sendo que, atualmente, a região é a maior extrativista da matéria-prima. Considerando que o mercado asiático fornecerá menos petróleo e a demanda pela matriz energética continuará em alta por algum tempo, outras empresas deverão se beneficiar com uma maior demanda externa,  caso da Petrobras.

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2º – Já Esteves e Conde apontam para um maior número de plataformas em operação, sendo que 2 já começaram a produzir nas cidades de São Paulo e Itajaí. Para o dia 28 deste mês, entra em operação mais uma unidade em Paraty e até o final do 2º semestre mais 4 estarão em pleno funcionamento. “Essas 7 novas plataformas vão mais que compensar o fechamento de outras. Até o final do ano elas produzirão cerca de 500 mil barris de petróleo”, ressaltam.

3º – Segundo os especialistas, também devemos assistir mais um aumento no preço dos combustíveis (diesel e gasolina), o que trará impacto positivo nos próximos resultados. “Além disso, o último aumento realizado neste ano, em março, não pegou o 1º trimestre de 2013 inteiro, mas ele estará nos resultados do 2º, que tendem a ser melhores do que o anterior”.

4º – Por último, os analistas da Gradual citam os 5 programas da Petrobras para reduzir despesas e custos. São eles: aumento de eficiência operacional, redução de investimento em poços, otimização logística, carteira de desinvestimento e otimização de custo operacional. “Esse conjunto de fatores torna qualquer empresa atrativa, ainda mais para uma companhia do porte da Petrobras”.