Bolsa brasileira está “extremamente descontada”, diz HSBC

"Brasil é o único mercado da região com tamanho e liquidez suficiente para absorver possível fluxo de saída de capital de México"

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – A bolsa de valores brasileira está “extremamente descontada” se comparada com seus pares emergentes, principalmente em relação ao México, seu principal par de América Latina. A opinião é dos estrategistas e economistas do HSBC, expressa em relatório do mês de maio.

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Os estrategistas do banco afirmam que, no México, todas as boas expectativas e premissas dos investidores já estão embutidas nos preços dos ativos (principalmente as ações), o que torna o potencial de alta limitado. Com estes níveis de preços, o HSBC afirma que o mercado mexicano fica bastante sensível a um possível fluxo de notícias negativo e pode ser alvo de realização de lucros e consequente busca por mercados mais atrativos (preços baixos, com interessante relação risco / retorno).

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“Segundo nossos estrategistas na América Latina, o mercado brasileiro é o único mercado da região com tamanho e liquidez suficiente para absorver possível fluxo de saída de capital de México, caso haja, por exemplo, uma decepção dos investidores com as reformas que devem ser anunciadas pelo governo mexicano”.

Os economistas do banco apontam ainda que os múltiplos da bolsa brasileira estão atualmente com as maiores diferenças históricas em relação à mexicana, com Índice PL brasileiro próximo de 11 vezes, contra 18 vezes do México. A diferença impressiona ainda mais ao serem analisadas as estimativas de crescimento do lucro das empresas. “Há uma expectativa de crescimento do lucro das empresas brasileiras da ordem de 25% em 2013 e 11% em 2014, ao passo que, no México, a expectativa é de apenas 7,3% em 2013 e 11% em 2014”, aponta o relatório.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip