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Estas 7 ações dos EUA estão supervalorizadas após rali em 2023; veja papéis com maior potencial agora

Segundo Morningstar, supervalorização do 1º semestre pode resultar em liquidação no curto prazo; veja maiores apostas para escapar do sell-off

Monique Lima

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Todo investidor deseja ter na carteira ações vencedoras capazes de atingir máximas históricas. Capturar movimentos desse calibre não é trivial, mas quem apostou em ações americanas nos últimos meses — especialmente as de tecnologia — tem boas chances de ter conseguido o feito.

Mas, após o índice S&P 500 valorizar 20% e o Nasdaq 100 avançar 37% apenas neste ano, alguns papeis podem ter ficado “esticados” demais. E, para o diretor de pesquisa e classificação da Morningstar, Adam Fleck, chegou a hora de vendê-los.

Em relatório do último dia 26 de julho, ele seleciona sete ações dos EUA que estão supervalorizadas, e aponta outros papeis que, na sua visão, estão subvalorizados e merecem entrar no portfólio.

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“Após uma recuperação de um desconto de 23% no mercado de ações dos EUA em outubro de 2022, apenas 5% das ações estavam subvalorizadas no final de junho. É muito provável que algumas ações do portfólio de muitos investidores estejam com o preço acima do justo”, diz Fleck.

Segundo ele, há muitos motivos para as ações ficarem supervalorizadas, como a atratividade do mercado de curto prazo, bons sinais macroeconômicos ou até mesmo “especulações antiquadas”. Em sua seleção, as sete ações que podem ser substituídas são:

Para todas essas, Fleck considera que as taxas de retorno serão menores daqui para frente.

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Realização de lucros à vista?

Entre as ações mais supervalorizadas do ano, ao considerar apenas os papéis de tecnologia (com Alphabet no lugar de General Electric), as empresas representaram quase três quartos do retorno total do mercado até junho, segundo a Morningstar.

“Após um aumento de 37% durante o ano até junho, o setor de tecnologia subiu para um território supervalorizado”, diz o relatório. “Esta é a primeira vez desde o início de 2022 que o setor negociou acima do seu valor justo.”

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Diante disso, a recomendação é equilibrar o portfólio, mantendo exposição às techs, mas aumentando posições em setores setores cíclicos, por exemplo.

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Novos papéis promissores

Para o diretor da Morningstar, encontrar um patrimônio alternativo para substituir ações envolve considerar a diversificação geral de um portfólio para encontrar (ou chegar o mais próximo possível de) novos nomes que estejam no mesmo setor, geografia ou tamanho de mercado da ação que está sendo vendida.

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Além disso, ele também considera a tolerância a risco e o montante financeiro disponível, já que ações subvalorizadas podem apresentar mais volatilidade e maior incerteza em relação aos seus resultados futuros.

“Às vezes, ter uma ação com uma taxa de retorno esperada mais baixa, mas também com menos incerteza, pode ser palatável para investidores com uma tolerância ao risco mais conservadora”, diz Fleck.

Com isso em mente, as alternativas selecionadas para alguns dos melhores desempenhos de 2023 são:

Ticker  Nome  Setor  Preço atual (US$) Preço-alvo (12 meses) (US$) Potencial valorização
TER Teradyne Tecnologia 112,94 157,00 39%
PINS Pinterest Serviços de comunicação 28,99 36,00 24,2%
GOOGL Alphabet Serviços de comunicação 132,72 161,00 21,3%
CTSH Cognizant Tecnologia 66,03 91,00 37,8%
CCL Carnival Serviços de Viagens 18,84 22,00 16,8%
DOV Dover Indústria 145,97 174,00 19,2%
GM General Motors Indústria 38,37 78,00 103,3%

Fonte: Morningstar/ Data base: 01/08/2023

Os setores escolhidos são de consumo e indústria, além de tecnologia — apesar da predominância entre as ações supervalorizadas no ano. Fleck destaca que “a tecnologia provou ser setor vencedor em 2023”.

As apostas no setor industrial se mantiveram no segmento automobilístico. Já em consumo, o olhar mudou de direção.

“Fomos procurar nomes de viagens — como o Carnival (CCL) —, considerando nossa visão de que o desejo arraigado das pessoas de viajar continuará a apoiar a forte recuperação da demanda”, diz o relatório.

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Com esse balanceamento, o investidor estaria mais protegido de movimentos de venda de ações que já subiram demais.

“À medida que o mercado se aproxima de nossa visão de valor justo e há uma margem menor de segurança do valor intrínseco [das ações], o sentimento de risco pode levar a breves liquidações”, diz Fleck.