Ifix fecha sessão com perdas de 0,57%; FII RBFF11 sobe 1,68% e é destaque

47 FIIs distribuíram dividendos nesta quarta-feira, sendo nove acima de R$ 1 por cota

Mariana Segala | Katherine Rivas

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Na volta do feriado pela Proclamação da República, o IFIX – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (16) em leve queda de 0,57%, aos 2914 pontos.  O FII Rio Bravo Ifix RBFF11 liderou a lista das maiores altas do dia, com elevação de 1,68%. Na contramão, a maior queda foi do Bluemacaw Logística BLMG11, que recuou 3,63% na sessão.

Confira os demais destaques do pregão ao longo do Central de FIIs.

Maiores altas desta quarta-feira (16):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
RBFF11 Rio Bravo Ifix Fof 1,68%
XPPR11 XP Properties Lajes Corporativas 1,67%
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Cemitérios 1,39%
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas 1,16%
PATL11 Pátria Logística Logística 0,83%

Fonte: B3

Maiores baixas desta quarta-feira (16):

Ticker Nome Setor Variação (%)
BLMG11 Bluemacaw Logística Logística -3,63%
RBRP11 RBR Properties Híbrido -2,70%
PVBI11 VBI Prime Properties Lajes Corporativas -2,65%
SARE11 Santander Renda Híbrido -2,47%
DEVA11 Devant Títulos e Valores Mobiliários -2,07%

Fonte: B3

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Esta quarta-feira (16) marca o dia de novembro com a maior quantidade de fundos imobiliários que pagam dividendos mensais aos cotistas. Ao todo, são 47 FIIs dentre os que compõem o Ifix, índice que reúne os principais fundos listados na B3.

Dentre eles, nove distribuíram acima de R$ 1 por cota em rendimentos neste mês. É o caso de carteiras como o NCH High Yield (NCHB11), o Urca Prime Renda (URPR11), o Ourinvest JPP (OUJP11) e o Plural Recebíveis Imobiliários (PLCR11), tradicionais bons pagadores de dividendos. Todos estiveram presentes na lista de fundos com maiores depósitos em outubro.

Dos nove FIIs que pagaram dividendos acima de R$ 1 por cota, seis são fundos de “papel”, que investem principalmente em títulos de renda fixa ligados ao setor imobiliário, tanto atrelados a índices de inflação quanto à taxa do CDI (certificados de depósito interbancário).

No trimestre passado, com a deflação verificada no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) entre julho e setembro, os fundos de “papel” ficaram sob o escrutínio do mercado. Quando o indexador dos títulos investidos fica negativo, a receita desses FIIs tende a recuar, assim como os dividendos pagos aos investidores.

A volta da inflação em outubro –  o IPCA registrou alta de 0,59% no mês passado – sinaliza para um aumento dos dividendos dos FIIs de “papel” daqui por diante, mas para quem já sonha com os altos rendimentos de um passado não muito distante, os próximos meses podem não ser tão generosos assim. A expectativa do mercado em geral é de que os rendimentos voltem a aumentar, mas estacionem em um meio termo entre os rendimentos distribuídos no período de deflação e dos repassados nos momentos de forte elevação do IPCA, entre 2021 e 2022.

Confira os FIIs que distribuíram rendimentos nesta quarta-feira (16):

Ticker Fundo Rendimento
HGBS11  R$          1,35 Hedge Brasil Shopping
NCHB11  R$          1,25 NCH High Yield
OUJP11  R$          1,20 Ourinvest JPP
URPR11  R$          1,13 Urca Prime Renda
MFII11  R$          1,11 Mérito Desenvolvimento
PLCR11  R$          1,10 Plural Recebíveis Imobiliários
HGLG11  R$          1,10 CSHG Logística
HCTR11  R$          1,10 Hectare
SADI11  R$          1,05 Santander Papéis Imobiliários
BBPO11  R$          0,92 BB Progressivo II
KNRI11  R$          0,91 Kinea Renda Imobiliária
FEXC11  R$          0,90 BTG Pactual Fundo de CRI
BTCR11  R$          0,90 BTG Pactual Crédito Imobiliário
TRXF11  R$          0,85 TRX Real Estate
HGRU11  R$          0,82 CSHG Renda Urbana
BLMG11  R$          0,80 Bluemacaw Logística
SDIL11  R$          0,79 SDI Rio Bravo
HGRE11  R$          0,78 CSHG Real Estate
VISC11  R$          0,75 Vinci Shopping Centers
GTWR11  R$          0,74 Green Towers
XPLG11  R$          0,74 XP Log
VILG11  R$          0,72 Vinci Logística
KFOF11  R$          0,72 Kinea FoF
HSLG11  R$          0,70 HSI Logística
XPCI11  R$          0,67 XP Crédito Imobiliário
HGFF11  R$          0,65 CSHG FoF
RBRL11  R$          0,65 RBR Log
SARE11  R$          0,64 Santander Renda
HFOF11  R$          0,62 Hedge Top FoF II
DEVA11  R$          0,56 Devant
BCFF11  R$          0,56 BTG Pactual Fundo de Fundos
RBFF11  R$          0,51 Rio Bravo Ifix
RECT11  R$          0,50 REC Renda Imobiliária
JSRE11  R$          0,49 JS Real Estate
BRCR11  R$          0,47 Bc Fund
RECR11  R$          0,44 REC Recebíveis
VINO11  R$          0,34 Vinci Offices
XPPR11  R$          0,30 XP Properties
RBRP11  R$          0,28 RBR Properties
VSLH11  R$          0,12 Versalhes Recebíveis Imobiliários
MXRF11  R$          0,10 Maxi Renda
XPSF11  R$          0,08 XP Selection
KISU11  R$          0,08 KILIMA
BLMR11  R$          0,08 Bluemacaw Renda+ FOF
VIUR11  R$          0,07 Vinci Imóveis Urbanos
TORD11  R$          0,07 Tordesilhas EI
VIFI11  R$          0,06 Vinci Instrumentos Financeiros

Fonte: InfoMoney, CVM

HFOF11 levanta R$ 1 milhão em oferta; BIME11 cancela emissão; [ativo=XTED11] quer captar R$ 110 milhões

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

HFOF11 encera oferta pública; conversão de cotas ocorre em 5 de dezembro

O fundo imobiliário Hedge Top FoF II (HFOF11) comunicou o encerramento da sua oferta pública de cotas – a 13ª emissão.

Foram subscritas na oferta restrita 10.727 cotas pelo preço de R$ 86,75 cada uma, que corresponderam ao montante de R$ 930 mil. No total, foram distribuídas 12 mil cotas, equivalente ao valor de R$ 1.041 milhão.

Os recibos da subscrição serão convertidos em cotas no dia 5 de dezembro de 2022. Até lá, os detentores dos recibos farão jus aos rendimentos líquidos calculados desde a data de integralização até o encerramento do mês de novembro. Com a conversão, o detentor receberá os rendimentos do fundo nas mesmas condições que os demais cotistas.

Brio Multiestratégia (BIME11) cancela emissão de cotas de cerca de R$ 20 milhões

O FII Brio Multiestratégia anunciou o cancelamento da sua oferta pública, com esforços restritos de distribuição. Inicialmente, a oferta – anunciada em setembro – pretendia captar R$ 19,99 milhões.

O gestor do fundo destacou, em fato relevante na noite de segunda-feira (14), que o motivo do cancelamento foi o grande número de cotistas que manifestaram a sua insatisfação com a operação e com as condições apresentadas.

“Os motivos que fundamentaram a emissão continuam válidos, e, apesar da instabilidade do mercado, em diversos aspectos, podem potencializar o retorno dos investimentos do fundo a longo prazo”, destacou no documento.

O preço unitário de subscrição das novas cotas chegou a ser fixado em R$ 9,15 para os cotistas com posição final no fundo no dia 12 de setembro. Eles tinham de 15 a 27 de setembro para exercer seu direito de subscrever.

Com o cancelamento, serão reembolsados os valores já depositados pelos cotistas que exerceram os direitos, no valor de R$ 9,15 por cota. A data prevista para o pagamento é sexta-feira da próxima semana (25 de novembro).

Além disso, também serão acrescidos rendimentos líquidos dos investimentos durante o período, no montante de R$ 0,1529 por nova cota, com desconto dos tributos. O Brio Multiestratégia é considerado um fundo híbrido – que investe em mais de uma classe de ativos.

[ativo=XTED11] aprova emissão de cotas de R$ 110 milhões

O fundo V2 Edifícios Corporativos (XTED11) aprovou sua sexta emissão, com o intuito de captar R$ 110 milhões. Serão emitidas 8 milhões de novas cotas.

O valor de cada nova cota para os investidores será de R$ 13,75. Terão direito a subscrever os investidores com posição no fundo no fechamento de mercado desta sexta-feira (18). O direto de preferência para exercer a subscrição de novas cotas ocorrerá a partir de terça-feira (22) e encerra em 2 de dezembro.

Cada investidor, com posição na data-base poderá subscrever 3,830727798 sobre o número de novas cotas detidas por cada cotista. Os investidores podem ainda ceder suas cotas a outros cotistas, por meio de escriturador.

Os recursos captados na oferta serão utilizados em novos ativos imobiliários desde que obedeçam à sua política de investimentos, otimizem a estrutura de capital do fundo e estejam alinhados com a estratégia da gestora e da administração como oportunidades vantajosas para o V2 Edifícios Corporativos.

Giro imobiliário: FIIs têm perdas de até 4,5% em novembro

FIIs têm perdas de até 4,5% em novembro; por que a volatilidade aumentou tanto e tão rapidamente?

Depois de quatro meses consecutivos de alta, o Ifix – principal índice de fundos imobiliários da B3 – tem apresentado um desempenho negativo no primeiro terço de novembro. Até quinta-feira (10), o índice acumulava perdas de 2,31%, com o valor de mercado dos FIIs que o compõem caindo para R$ 109,8 bilhões, ante os R$ 112,3 bilhões registrados no fim de outubro.

Dentre os segmentos mais específicos, os fundos de lajes corporativas – que investem em edifícios de escritórios – foram os de pior desempenho até agora. Na média, já recuaram 4,47% neste mês, seguidos pelos fundos de fundos (FoFs), com -3,94%, e pelos híbridos, que caíram 3,67%. Os dados foram compilados pela casa de análise Levante.

Entre os investidores, a dúvida é por que a volatilidade do segmento cresceu tanto e tão rapidamente. Foi uma perda de valor pontual ou, pior, uma perda de fundamentos?

O desempenho negativo se disseminou pelas diversas categorias de FIIs, inclusive entre os de “papel”, considerados por meses os “queridinhos” do mercado. Trata-se de fundos que investem em títulos de renda fixa ligados ao setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

O segmento, em conjunto, perdeu R$ 665 milhões em valor de mercado, ou -1,41% desde o fim de outubro – ainda que oito deles tenham conseguido ganhar valor no mesmo período. Fundos de shopping centers recuaram 2,10%, curiosamente menos do que o próprio Ifix.

Alguns fundos em especial chamaram atenção por terem registrado perdas superiores a 5%: foram quatro FoFs (KFOF11HFOF11HGFF11 e KISU11), o híbrido KNRI11, quatro FIIs de lajes corporativas (XPPR11JSRE11SARE11 e HGRE11), dois logísticos (LVBI11 e PATL11), além do CARE11, de cemitérios.

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