Ítalo Ferreira, do surfe, é a nova ‘blue chip’ da carteira olímpica de Tóquio 2020

Potiguar encara ondas japonesas e pode subir ao pódio ao lado do também brasileiro e número um do ranking mundial Gabriel Medina

Olimpíada Todo Dia

Jogos Olímpicos Tóquio 2020: Ítalo Ferreira surfa em Tsurigasaki Surfing Beach (Miriam Jeske/COB)

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Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 começaram e estão a todo vapor. O Brasil já conquistou duas medalhas de prata e uma de bronze, duas delas vindo do skate, modalidade estreante no programa olímpico, e uma no tradicional judô.

Até aqui, tivemos algumas decepções e algumas gratas surpresas. Se por um lado o tão falado pódio triplo no skate feminino acabou virando “apenas” uma histórica medalha de prata de uma menina de 13 anos, pelo outro lado os triunfos de Kelvin Hoefler e Daniel Cargnin não eram esperados. Isso ocorre porque a Olimpíada é como o mercado financeiro: volátil e imprevisível.

Ainda assim, continuaremos atualizando a carteira de atletas brasileiros que têm chance de medalha — seriam as blue chips se estivessem na Bolsa. Como as carteiras de ações publicadas pelas corretoras, a carteira de atletas reúne os esportistas que estão em momento de valorização — com base dos resultados das últimas competições e agora durante os Jogos Olímpicos.

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A carteira é atualizada periodicamente, sempre que o cenário mudar. A partir de hoje, faremos atualizações quando um atleta favorito estiver prestes a “explodir”. A publicação é feita pelos profissionais do site Olimpíada Todo Dia, especializado em notícias sobre esportes olímpicos, que fechou uma parceria com o InfoMoney para a cobertura dos Jogos.

Dos atletas que entraram na carteira até aqui, Rayssa Leal foi ao pódio ontem, conquistando uma histórica medalha de prata. O vôlei de praia feminino está invicto e Gabriel Medina, que compete hoje, está nas quartas de finais. Os outros (hipismo saltos, Bia Ferreira e Alison dos Santos) ainda não estrearam nos Jogos Olímpicos.

Hoje incluiremos na carteira Ítalo Ferreira, atual campeão mundial e companheiro de Medina no surfe, na Olimpíada de Tóquio.

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Jogos Olímpicos Tóquio 2020: Ítalo Ferreira surfa em Tsurigasaki Surfing Beach (Miriam Jeske/COB)
Jogos Olímpicos Tóquio 2020: Ítalo Ferreira surfa em Tsurigasaki Surfing Beach (Miriam Jeske/COB)

Todos os olhos no campeão mundial

Natural da pequena cidade costeira chamada Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, Ítalo Ferreira chegou aos Jogos Olímpicos como o atual campeão mundial de surfe.

O surfista adquiriu prestígio pela primeira vez em 2015, sua temporada de estreia, com um desempenho marcante no Championship Tour ganhando o prêmio de “Novato do Ano”. Em 2018, Ítalo conquistou três vitórias logo no início da temporada e subiu para a quarta posição no ranking.

Em 2019, o atleta chegou ao ápice de sua carreira até então. Aos 25 anos, o potiguar Ítalo Ferreira avançou à final da etapa de Pipeline, Havaí, e conquistou o título após derrotar o compatriota e bicampeão mundial Gabriel Medina nas ondas do Pipe Masters.

Ítalo segue bem em 2021 e atualmente ocupa a vice-liderança do ranking mundial da WSL, atrás apenas de Gabriel Medina. Em seis etapas até aqui, o potiguar conquistou um título e dois terceiros lugares como melhores resultados. Os dois obtiveram resultados muito superiores aos dos surfistas que estão nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

A performance de Ítalo nos Jogos Olímpicos foi muito boa até aqui. Na primeira bateria da história da modalidade na Olimpíada, o brasileiro se manteve o tempo todo na frente da disputa contra o japonês Hiroto Ohhara, o italiano Leonardo Fioravanti e o argentino Leandro Usuna, e saiu com a vitória com 13.67.

Nas oitavas de final disputadas ontem, Ítalo Ferreira buscou os aéreos o tempo todo diante do e venceu com facilidade o australiano Billy Stairmand. Ítalo e Medina disputam as quartas de final nesta terça-feira do Japão (segunda-feira à noite no Brasil).

Se vencerem, seguem na competição, cujo término foi antecipado para hoje devido às condições climáticas que se aproximam nos próximos dias. Os dois só se enfrentam em uma eventual final.

Se os dois fossem ativos listados em Bolsa, e o investidor só pudesse comprar um deles, qual deveria ter na carteira? Bom, a pergunta é difícil, mas poderíamos dizer que o preço de Ítalo estaria mais descontado do que o de Medina, muito em função de ter tido resultados inferiores (ainda que excelentes) do que o compatriota antes dos Jogos.

Além disso, teria risco menor, visto que o potiguar não se envolveu em polêmicas com o COB — Medina reclamou com o Comitê por não ter conseguido autorização para levar sua esposa, Yasmin Brunet, ao Japão. Medina também teve mais dificuldades e encarou surfistas mais bem sucedidos no circuito. Ontem, por exemplo, sofreu para vencer o australiano.

Mas a recomendação, sem sombra de dúvidas, seria ter tanto Ítalo Ferreira quanto Gabriel Medina na carteira, que hoje podem protagonizar um pódio com ouro e prata, algo que só aconteceu uma vez para o Brasil em Jogos Olímpicos: em Atlanta 1996, Jaqueline Silva e Sandra Pires venceram a final do vôlei de praia contra Mônica Rodrigues e Adriana Samuel.

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