Xiaomi lança Redmi Note 10 S e Redmi Note 10 Pro no Brasil, com preços a partir de R$ 2.800; conheça

A versão mais completa já está disponível para venda; bateria pode durar até dois dias

Giovanna Sutto

(Divulgação/Xiaomi)

Publicidade

SÃO PAULO – A fabricante chinesa Xiaomi lançou nesta quarta-feira (5) dois novos smartphones para compor seu portfólio: o Redmi Note 10 S e o Redmi Note 10 Pro.

Segundo a empresa, são modelos intermediários com características “premium“. Seus preços partem de R$ 2.799,99 e vão até R$ 3.399,99, na versão mais cara. “Por exemplo, os aparelhos contam com tela Amoled. Já a versão Pro tem uma câmera de 108 MP. São tradicionalmente recursos de modelos mais caros”, explica Luciano Barbosa, diretor da Xiaomi no Brasil, ao InfoMoney.

“A linha Redmi Note se posiciona como intermediária: acima da linha Redmi e abaixo da linha Mi”, acrescenta Thiago Araripe, gerente de marketing de produtos da Xiaomi no Brasil. Essa linha já teve mais de 200 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.

Continua depois da publicidade

No Brasil, a chegada desses dois novos modelos faz a empresa atingir a marca de 30 smartphones lançados em dois anos. A empresa chegou ao país em 2019, com a primeira loja física da fabricante na América Latina, localizada em São Paulo. Confira os detalhes de cada aparelho:

Redmi Note 10 S

O Redmi Note 10 S é a versão de entrada, na comparação com o 10 Pro. O aparelho tem câmera quadrupla, sendo a principal de 64 MP; uma câmera ultra grande angular com 8 MP; uma câmera macro de 2 MP; e uma câmera frontal com 13MP. O aparelho também tem um sensor de profundidade com 2 MP.

O aparelho conta com uma série de recursos, como modo noturno, timer para fotos, fotos panorâmicas e retrato com inteligência artificial (diferenciação entre rosto e fundo).

O aparelho conta com tela Amoled de 6,43 polegadas. O iPhone 12, por exemplo, tem uma tela de 6,1 polegadas. Ainda, o Redmi Note 10 S tem carregamento rápido de 33 W e oferece 5.000 miliampere (mAh) de bateria, uma energia suficiente para durar até dois dias longe do carregador, segundo os executivos.

“Importante lembrar que o aparelho vem com carregador na caixa, o que nos faz ter um diferencial de mercado”, lembra Araripe, fazendo menção às concorrentes Apple e Samsung, que aderiram às entregas de aparelhos sem carregadores.

O processador do smartphone é o MediaTek Helio G95. A velocidade da GPU chega até 900 MHz, aumentando em 31% o desempenho gráfico do smartphone na comparação com a versão anterior da Xiaomi, o Redmi Note 9S.

Por ora, a empresa não divulgou quando esse modelo chega ao Brasil. Barbosa disse que a empresa fará uma comunicação por meio do seu site oficial quando tiver as datas confirmadas.

Modelo Memória  Preço  Cores disponíveis 
Redmi Note 10 S  64 GB 6 GB RAM R$ 2.799,99 pedra branca, oceano azul e cinza ônix
Redmi Note 10 S 128 GB 6 GB RAM 2.999,99 pedra branca, oceano azul e cinza ônix

Veja as fotos: 

Redmi Note 10 Pro

O Redmi Note 10 Pro, por sua vez, é a versão mais completa dessa linha intermediária. O aparelho tem um conjunto com quatro câmeras: grande angular de alta resolução de 108MP; telemacro de 5MP; ultra angular de 8MP; e câmera frontal com 16MP. Há ainda um sensor de profundidade de 2MP.

“As câmeras garantem maior alcance dinâmico, imagens noturnas ultra nítidas e maior sensibilidade à luz”, diz Barbosa.

Assim como na versão 10 S, o modelo 10 Pro recebeu a tela Amoled, mas com o vidro Corning Gorilla, mais resistente. Outra diferença é a tamanho da tela, que tem 6,67 polegadas.

Essa versão também conta com o carregamento rápido de 33W, mas sua bateria é mais potente: de 5020 mAh. “As baterias nas duas versões têm uma vida útil muito prolongada, com até dois dias de uso. Com 30 minutos de carregamento, o usuário já tem 59% de bateria. Em uma hora, 100%”, aponta Barbosa.

Outra diferença do Redmi Note 10 S para o 10 Pro é a presença do processador Qualcomm Snapdragon 732G, que garante ao aparelho jogos mais realistas, desempenho ágil, câmera com mais nitidez, recurso de inteligência artificial melhorado e alta capacidade de conectividade.

O smartphone já está disponível em todas as versões e cores a partir desta quarta-feira (5) no site oficial da Xiaomi e em varejistas parceiras.

Modelo Memória Preço  Cores disponíveis 
Redmi Note 10 Pro 64 GB 6 GB RAM R$ 3.299,99 bronze gradiente, cinza ônix e azul glacial
Redmi Note 10 Pro 128 GB 6 GB RAM 3.399,99 bronze gradiente, cinza ônix e azul glacial

Veja as fotos:

Mais lançamentos pela frente

O histórico da Xiaomi no Brasil mostra o apetite por lançamentos: desde maio de 2019, foram 30 smartphones e mais de 400 itens do chamado ecossistema da Xiaomi. Esse ecossistema inclui produtos como balança, robô aspirador, fones de ouvido, relógios inteligentes, escovas de dente elétricas, itens de beleza, itens de escritório e patinetes elétricos.

Só em 2020 já foram lançados quatro smartphones: o Redmi Note 10, o Redmi 9T, o Poco M3 e o Redmi Note 10 – edição limitada. “Em maio de 2021, mais lançamentos virão. Percebemos desde que chegamos que o brasileiro gosta de novidade. Então, adotamos a estratégia de manter um fluxo de lançamentos, e sempre com novas tecnologias. Agora, vamos focar ainda mais nos produtos premium. Eles ganharam bastante participação na pandemia, principalmente neste primeiro trimestre”, explica Barbosa.

Hoje, os smartphones correspondem por 50% do faturamento, e o ecossistema da fabricante chinesa pelos outros 50%. Entre os produtos considerados premium mais vendidos estão o Roteador WI-FI 6 e um Kit Automação para a casa. Os produtos mais vendidos do portfólio da empresa no Brasil entre março de 2020 e março de 2021 foram a balança inteligente, o fone de ouvido bluetooth e o relógio fitness inteligente Mi Band 5.

Xiaomi em 2020

Sem revelar números, Barbosa explica que 2020 foi um ano complexo para a Xiaomi, mas que a empresa conseguiu fechar o ano superando algumas das principais metas, como a venda nas lojas físicas.

“Enfrentamos um primeiro semestre difícil com todas as lojas físicas fechadas. Isso nos impediu, inclusive, de colocar nosso plano de expansão de lojas próprias em prática. A partir de julho de 2020, uma retomada começou de forma consolidada e as pessoas voltaram a comprar. Mesmo com os períodos de fechamentos de comércio e serviços, conseguimos recuperar o faturamento nas lojas físicas”, diz o executivo. “Devemos voltar a focar na abertura de lojas próprias neste ano.”

Atualmente, as vendas nas lojas físicas de parcerias e nas unidades próprias da Xiaomi correspondem a 70% do faturamento total da empresa. O e-commerce ainda tem participação muito inferior – os outros 30%.

Falta de componentes

Outro desafio que a empresa vem enfrentando é a falta de semicondutores. “O estoque global está com problemas. Estão faltando peças pela alta demanda desde o ano passado. Nós identificamos essa questão entre agosto e setembro de 2020, e tivemos um certo tempo para nos planejar. Mesmo assim, a demora para normalização deve afetar alguns lançamentos deste ano. Algumas novidades que seriam anunciadas neste semestre ficarão para depois, e outras que seriam para este ano ainda não temos data de entrega definida”, explica Araripe.

Segundo a empresa, a não divulgação da data de chegada da versão 10 S não tem relação com a falta de peças para esse smartphone, mas com a estratégia de venda da empresa.

A falta de componentes, principalmente semicondutores, está afetando vários setores. O InfoMoney mostrou em uma reportagem recente o impacto no setor automotivo – saiba mais aqui.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.