WeWork cancela IPO oficialmente em meio a problemas

Depois de adiar seu IPO para esse mês, a WeWork retirou definitivamente seu pedido de IPO feito ao órgão regulador do mercado acionário americano

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Nessa segunda-feira (30), os co-CEOs da WeWork, Artie Minson e Sebastian Gunningham, disseram em um comunicado à imprensa que os planos de realizar uma oferta pública inicial estão cancelados, ao menos para este ano.

Com isso, a empresa de compartilhamento de escritórios retira definitivamente seu pedido de IPO feito à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado acionário americano. O formulário para registro da abertura de capital havia sido feito em 14 de agosto e, desde essa data, investidores se mostravam receosos com a operação.

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“Decidimos não realizar nossa oferta pública inicial de ações para focar em nossos principais negócios, cujos fundamentos permanecem fortes. Estamos tão comprometidos quanto sempre em servir nossos membros, clientes corporativos e proprietários parceiros, funcionários e acionistas. Temos toda a intenção de operar a WeWork como uma empresa pública e esperamos revisitar os mercados de ações públicas no futuro”, diz o comunicado.

O caminho da WeWork para a lucratividade não é muito claro, o que afastou possíveis investidores e colocou os planos de IPO no limbo antes mesmo do cancelamento oficial. A companhia considerou se depreciar de propósito para evitar um péssimo valor de negociação dos seus papéis assim que iniciasse na Bolsa; o que não aconteceu.

No ano de 2018, a startup de coworking registrou um prejuízo de US$ 1,9 bilhão. Já em 2019, na primeira metade do ano, a WeWork declarou ter sofrido um revés de US$ 690 milhões.

Outros problemas perseguiram a empresas nos últimos meses. O conselho da companhia afastou um dos fundadores e ex-CEO, Adam Neumann, o que causou um desgaste nas relações internas da WeWork. E a falta de caixa fez com que a empresa cancelasse todos os seus contratos abertos de locação e obrigasse a companhia a se desfazer do seu jato particular de US$ 60 milhões.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.