Samsung proíbe funcionários de usarem IA generativa, como ChatGPT

Marca estaria preocupada com possível exposição de dados sigilosos, limitando a capacidade de excluir informações posteriormente

Wesley Santana

(Foto: REUTERS/Kim Hong-Ji)

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Em comunicado enviado na segunda-feira (1), a Samsung proibiu os funcionários de usarem sistemas de inteligência artificial generativa em suas redes internas. Segundo um documento obtido pela Bloomberg, a empresa teme que informações confidenciais sejam vazadas por meio desses softwares.

“A Samsung está revisando as medidas de segurança para criar um ambiente seguro para o uso seguro da IA generativa para melhorar a produtividade e a eficiência dos colaboradores”, diz o memorando. “Até que essas medidas sejam preparadas, estamos restringindo temporariamente o uso de IA generativa”, continuou.

Embora não tenha citado nenhum programa nominalmente, tudo indica que a proibição visa coibir o acesso do ChatGPT aos conteúdos da gigante sul-coreana. A OpenAI, empresa que desenvolveu o sistema, deixa pública a informação de que analisa as conversas dos usuários para melhorar o programa e garantir conformidade com as políticas.

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O posicionamento da Samsung vem na esteira de uma descoberta de vazamento de código-fonte interno enviado ao ChatGPT, ainda segundo a Bloomberg. A marca asiática estaria preocupada com uma possível exposição de dados sigilosos por meio da plataforma, limitando a capacidade de excluir as informações posteriormente.

A Samsung não é a única instituição a proibir o uso de AI generativa dentro de suas redes. Esse movimento se intensificou nas últimas semanas, depois que o ChatGPT confirmou um vazamento de dados que expôs históricos de conversas e informações de pagamento de usuários do sistema.

Com isso, o JPMorgan fez o primeiro movimento de restrição do serviço, que foi seguido por outros bancos como Bank Of America, Citigroup e Deutsche Bank. Órgãos públicos pelo mundo também se manifestaram a favor da proibição da plataforma, como foi o caso da Itália.

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Procurada pelo InfoMoney para comentar o caso, a Samsung não se pronunciou até a publicação desta reportagem. A proibição, porém, não afeta os dispositivos comercializados pela marca sul-coreana.