Receitas da Alphabet, dona do Google, caem pela 1ª vez em 16 anos, mas balanço supera expectativas

A maior perda no segundo trimestre veio do segmento de pesquisa e publicidade do Google, cuja arrecadação caiu 9,8% na comparação anual

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – As receitas da Alphabet, holding que controla o Google, caíram no segundo trimestre do ano, registrando o primeiro resultado trimestral negativo em 16 anos, desde a abertura de capital da empresa. Ainda assim, a queda ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava uma perda maior nas receitas provenientes de anúncios durante a pandemia.

A Alphabet registrou uma receita de US$ 38,3 bilhões no segundo trimestre, um recuo de 2% em relação aos US$ 38,9 bilhões reportados no segundo trimestre de 2019. A maior perda veio do segmento de pesquisa e publicidade do Google, cuja arrecadação caiu 9,8% na comparação anual.

Já os resultados de anúncios do YouTube vieram melhores do que o esperado e somaram US$ 3,81 bilhões no trimestre. Ainda assim, o crescimento de apenas 6% sobre o mesmo período do ano passado também revela os impactos da pandemia, já que as receitas da plataforma de vídeos vinham subindo com mais força nos trimestres anteriores.

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O serviço de armazenamento em nuvem, o Cloud, foi outro ponto positivo do balanço, como o mercado já previa. Sozinho, o serviço gerou arrecadação de US$ 3,01 bilhões, ante os US$ 2,7 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano passado.

Após a divulgação dos resultados, as ações da Alphabet caíram 1,2%, para US$ 1.518,85. Na quinta-feira, as ações tinham chegado a bater os US$ 1.525, mesmo patamar pré-pandemia.

Ainda que as ferramentas gratuitas de navegação na web, exibição de vídeos e teleconferência tenham sido mais usadas durante a quarentena, os resultados permitem concluir que as receitas provenientes de anúncios foram fortemente atingidas. Diversos anunciantes do Google enfrentaram dificuldades e tiveram, inclusive, que fazer demissões em massa.

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Como os investimentos em marketing muitas vezes são os primeiros a serem cortados, a empresa sentiu o baque, principalmente com anunciantes que atuam na área de turismo, como mecanismos de busca de viagens, companhias aéreas e hotéis.

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