Parfin se une à Dinamo para reforçar oferta de custódia cripto para bancos

Empresas combinam tecnologias que dão segurança às chaves privadas de carteiras de criptomoedas utilizadas por instituições financeiras

Paulo Barros

Alex Buelau, Marcos Viriato e Cristian Bohn, fundadores da Parfin (Divulgação)

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A fintech anglo-brasileira especializada em infraestrutura blockchain Parfin anuncia nesta segunda-feira (7) o reforço de sua oferta de custódia de ativos digitais para bancos por meio de parceria com a Dinamo Networks, especialista em segurança digital e conhecida por ajudar a melhorar a segurança de várias soluções financeiras conhecidas do brasileiro, como Nota Fiscal Eletrônica, processamento de cartões e o Pix.

Pelo acordo, a Parfin adiciona no seu portfólio a tecnologia da Dinamo de proteção e gerenciamento de chaves digitais, que são as “senhas” utilizadas para autenticar transações de criptomoedas – na prática, portanto, dão ao detentor a posse sobre os ativos vinculados a ela.

A tecnologia, chamada HSM, executa assinaturas digitais, autenticação forte e outras funções criptográficas avançadas, de modo a proteger as chaves de possível interceptação por hackers. A solução, diz a empresa, é uma das mais usadas por instituições financeiras no mundo e conta com aval do National Institute of Standards and Technology (NIST), o mais importante órgão de segurança americano.

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A HSM se soma à tecnologia de descentralização do segredo das chaves que já era ofertada pela Parfin para clientes institucionais. Chamada de MPC, ela distribui os dados em diversas entidades e cada uma pode possuir diferentes camadas de segurança, controles operacionais e partes distintas do segredo – a perda de uma “parte” deste segredo, portanto, não coloca em risco o todo.

“Agora o institucional não precisa ficar no dilema entre uma ou outra solução. Com a parceria, combinamos a oferta das duas ferramentas que unem confiança, credibilidade e um alto nível de segurança, coberto em diversas camadas. É o melhor dos mundos”, comenta Marcos Viriato, CEO da Parfin.

“Apesar de moderna e ultra tecnológica, a tecnologia MPC ainda não é conhecida de grande parte do mercado financeiro tradicional. Já o HSM faz parte da rotina dessas instituições e tem grande adesão. Com isso, agregamos valor para a solução que ofertamos ao mercado”, completa o executivo.

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Fundada em 2019 pelos executivos Marcos Viriato, Cristian Bohn e Alex Buelau, a Parfin oferece uma plataforma que conecta investidores institucionais aos diversos players do mercado de criptomoedas, como exchanges, bancos e custodiantes. Atualmente, trabalha por exemplo em parceria com o Santander no desenvolvimento de um projeto de negociação de veículos via blockchain.

A Parfin captou, em dezembro de 2021, R$ 34 milhões em investimento liderado fundo de venture capital Valor Capital Group. Meses antes, a empresa havia levantado R$ 8 milhões.

Paulo Barros

Editor de Investimentos