Microsoft deve fechar compra do TikTok nos EUA em três semanas

A empresa americana teria um ano para transferir o código do software dos servidores chineses para os servidores nos EUA

Pablo Santana

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Microsoft e a chinesa ByteDance esperam fechar um acordo sobre a compra das operações do TikTok dentro de três semanas, informou David Faber, da CNBC, durante seu programa matinal nesta quarta-feira (5). 

Segundo fontes envolvidas nas negociações, o principal desafio no momento é transferir as quase 15 milhões de linhas de código do software do TikTok dos servidores chineses para os servidores nos Estados Unidos.

Faber informou que a Microsoft teria um ano para transferir todo o código, mas revelou a preocupação das partes em realizar essa tarefa – já que o número de empresas ou profissionais capacitados para realizar essa transferência é muito pequena.

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O governo americano deu um prazo até o dia 15 de setembro para que um acordo com a controladora da TikTok seja concluído ou a rede social será banida do país. As negociações em curso envolvem a venda das operações do TikTok nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Em comunicado, a Microsoft afirmou que irá garantir que todos os dados privados dos usuários americanos do TikTok sejam transferidos e permaneçam nos Estados Unidos. A companhia ainda informou que vai se certificar que esses dados sejam excluídos dos servidores fora do país após a transferência. 

Caso a venda seja confirmada, os usuários dos quatro países ainda teriam acesso ao conteúdo criado por usuários europeus e asiáticos, por meio de um acordo de compartilhamento com a ByteDance.

O governo chinês classificou como “hipócrita” a exigência da venda do TikTok a uma empresa americana para evitar o banimento da plataforma no país.

“Isso vai contra o princípio da economia de mercado e mostra a hipocrisia e padrões dúbios típicos dos Estados Unidos em defesa da justiça e liberdade”, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios