Maquininha da Trust dobra crédito a lojistas e zera taxa de antecipação

Empresa da gestora SRM apresentou novas armas na guerra das adquirentes brasileiras após Rede, PagSeguro, Safra e Cielo  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Em meio à guerra pelo menor preço entre adquirentes brasileiras, a fintech Trust reduziu nesta sexta-feira (26) o prazo do recebimento do crédito à vista para D+1 (o dia seguinte à venda). Essa antecipação dos recebíveis não cobrará taxa, em estratégia similar ao que anunciou a Rede, do Itaú, na semana passada.

Outra novidade anunciada pela fintech, da gestora SRM, é o crédito em dobro ao lojista. Os clientes da maquininha TrustPay poderão solicitar crédito equivalente ao dobro do crédito das vendas realizadas com ela.

O cliente recebe os recursos em uma conta digital de pagamentos sem taxas da própria fintech, podendo quitar contas diretamente por ela ou transferir o dinheiro para o banco que desejar. De acordo com a empresa, as condições valem para todos os novos clientes, independentemente de faixa de faturamento ou de prazo promocional.

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Temos estrutura para fornecer soluções ágeis e descomplicadas para as empresas. Todo o processo pode ser feito online no site da Trust, o cliente tem uma conta digital de pagamentos sem custo e acesso a crédito em até 2 horas”, diz o gerente de produtos da Trust, Fernando Monteiro. A empresa diz que esse tipo de alavancagem, comum a grandes players, era inacessível a varejistas de menor porte.

A Trust está há um ano no mercado e pretende encerrar encerrar 2019 com mais de R$12 bilhões em operações de crédito – crescimento de 80% em relação a 2018. Com foco principal nas pequenas empresas, a adquirente tem taxas de operação (MDR) de 3,90% no crédito à vista e 1,90% no débito.

Campo de batalha

A chamada guerra das maquininhas já dura mais de um ano, alimentada pelos novos entrantes em um mercado que passou muitos anos concentrado nas mãos de dois grandes players. Nas últimas duas semanas, novas estratégias balançaram ainda mais o setor.

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Primeiro, a Rede, do Itaú, zerou a taxa de antecipação de recebíveis para todos os clientes com domicílio bancário no Itaú e faturamento de até R$ 30 milhões anuais na quinta-feira da semana passada.

Em seguida, a SafraPay, do banco Safra, deixou de cobrar taxa para transações em crédito à vista até o limite de R$ 50 mil por mês para clientes com faturamento limitado a R$ 50 milhões por ano.

Gigante entre microempreendedores, a PagSeguro anunciou posteriormente o pagamento de recebíveis imediato – enquanto a maioria das empresas oferece antecipação para, no mínimo, dois dias após a compra.

Mais recentemente, na última quarta-feira, foi a vez da líder do setor Cielo apresentar suas armas. A gigante também passou a oferecer antecipação no mesmo dia (D+0), além da devolução do valor pago pelas suas maquininhas para clientes que faturarem R$ 1,6 mil no crédito mensalmente por 3 meses seguidos.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney