“Twitter virou um grande sofá” e as marcas lucram com isso

Gerente de estratégias de marca da plataforma comenta as particularidades da rede social do pássaro azul

Giovanna Sutto

(Shutterstock)

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BELO HORIZONTE* – “O Twitter não é uma rede social. Virou um grande sofá. Antes víamos um program na TV e comentávamos com o amigo do lado. Agora comentamos com milhares de pessoas no Twitter”, afirmou Vinicius Magalhães, gerente de estratégias de marca do Twitter Brasil, em uma palestra durante um evento organizado pela Hotmart, plataforma de cursos online, em Belo Horizonte.

Segundo ele, as pessoas não necessariamente querem encontrar pessoas na plataforma. É uma rede de interesse. “Pessoas têm interesses em comum, sobre um assunto. O Twitter mostra o que está acontecendo no mundo e o que as pessoas estão falando”, diz.

CEOs de grandes empresas e figuras públicas escolhem o Twitter para ser a rede oficial de comunicação. É o caso de Jair Bolsonaro. Inclusive, na eleição do ano passado, o candidato derrotado Fernando Haddad parabenizou o concorrente do PSL pela rede e não fez uma ligação – foi a primeira vez que isso aconteceu no Brasil.

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Magalhães conta que órgãos de saúde acompanham dados do Twitter para saber a velocidade de alcance de epidemias.

“Dados mostram o aumento de palavras-chave que viralizam em alguma região ou algum país. Os órgãos medem as palavras como #gripe, #febre, entre outras para atuar e agilizar na identificação de epidemias”, afirma. 

Alguns tuítes também mexem com o mercado financeiro. Elon Musk, CEO da Tesla, é uma das figuras públicas que mais se expressam pelo Twitter. Um de seus tuítes polêmicos, sobre a possibilidade da Tesla fechar o capital, fez com que as ações disparassem 11%.

Como as marcas podem crescer 

A Nike viu suas vendas crescerem 31% com o movimento #Blacklivesmatter com Colin Kappernick, jogador de futebol americano que se ajoelhou ao ouvir o hino nacional americano em protesto e foi demitido.

“A Geração Z está muito alinhada a isso. Tudo bem você ganhar dinheiro, mas que está fazendo de diferente? Qual é o seu valor? Se esses jovens se identificarem com os princípios e valores da marca, eles vão consumir”, diz.

Qual é o diferencial então? Segundo Magalhães, as marcas precisam se relacionar com pessoas e inovar a partir dessa relação. “Identificação é comunicação e partilhar valores. Como a marca olha para as pessoas? Está preocupada só com o produto? Ou com o que as pessoas estão vivendo e procurando?”, questiona.

É uma mudança de mindset necessária, segundo o gerente. “Antes era uma sequência da marca, para produto, para ter audiência – que gerava venda. Agora as marcas precisam pensar para o cliente, então a lógica se inverte: das ‘pessoas’, para conteúdo, para marca. A empresa é a última parte da equação e a venda é a consequência”, explica.  

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*A repórter viajou a convite da Hotmart 

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.