Stone movimenta US$ 1,2 bilhão em estreia na bolsa norte-americana

Empresa de maquininhas definiu o preço de US$ 24 por papel, acima do teto da faixa indicativa

Estadão Conteúdo

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A Stone, startup brasileira de meios de pagamentos, estreia nesta quinta-feira, 25, na Bolsa americana Nasdaq. Na quarta-feira, 24, no processo de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a empresa de “maquininhas” definiu o preço de US$ 24 por papel, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo – acima do teto da faixa indicativa, que ia de US$ 21 a US$ 23. Com isso, a oferta movimentou US$ 1,2 bilhão.

Antes da definição do preço, a empresa informou à Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês) que foi vítima de vazamento de informações e de tentativa de chantagem.

Em comunicado enviado na quarta-feira ao órgão americano, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil, a empresa disse ter tomado conhecimento do problema na terça-feira, 23. O comunicado, no entanto, não teve reflexo na definição do preço das ações.

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A demanda pelos papéis da Stone superou em mais de 20 vezes a oferta, que foi marcada pelo interesse de nomes de peso, como a Berkshire Hathaway, companhia de investimentos de Warren Buffett, e as gestoras, que já eram sócias da companhia, T. Rowie Price e Madrone Opportunity – esta última, family office dos Waltons, família herdeira do Walmart.

A Ant Financial, subsidiária da chinesa Alibaba, do bilionário Jack Ma, também investirá US$ 100 milhões na companhia, no mesmo preço por ação definido no IPO, em uma operação paralela.

A companhia segue os passos da rival PagSeguro, que captou US$ 2,7 bilhões em janeiro, no maior IPO de uma empresa brasileira no mercado americano. Ao contrário da concorrente, que tem foco nos pequenos comerciantes, a Stone prioriza o empreendedor de porte médio, batendo de frente com as líderes Cielo e Rede.

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Efeitos

Procurada no fim da tarde de quarta-feira, a assessoria de imprensa da Stone não quis prestar informações além do comunicado enviado à SEC.

No documento, a Stone disse acreditar que o acesso não autorizado não tenha incluído “uso indevido de informações financeiras ou dados” de clientes. A empresa de pagamentos afirmou que continua a monitorar a situação, inclusive com a contratação de uma consultoria externa para ajudar na investigação, que está em estágio inicial. A empresa deverá ainda acionar a Justiça brasileira.

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No comunicado, a empresa frisou que está sofrendo ameaças de novos vazamentos caso não concorde em fazer pagamentos em dinheiro.

O jornal O Estado de S. Paulo consultou uma empresa especializada em vazamentos de dados para entender a extensão do problema da Stone. A empresa afirmou, no entanto, que o comunicado traz informações vagas, que impedem uma análise do problema.