Goldman Sachs eleva preço-alvo das ações da Amazon com valorização de 20%

Nas últimas semanas, a empresa atingiu US$ 1,14 trilhão em valor de mercado

Pablo Santana

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SÃO PAULO – O Goldman Sachs elevou, nesta quinta-feira (23), sua meta de preço das ações da Amazon para US$ 2.900. O valor é 20% superior ao que os papéis estão precificados atualmente, quando a gigante do comércio eletrônico encerrou o pregão valendo US$ 2.399,45 por ação.

O Goldman acredita que a multinacional criada por Jeff Bezos superará estimativas de ganhos do primeiro trimestre, que serão divulgados na próxima semana, e fornecerá orientações para o segundo trimestre  bem acima das estimativas consensuais sobre receita e lucratividade. O banco espera que os aumentos sejam impulsionados pelo crescimento da demanda em vários negócios da empresa.

“O aumento na demanda que os negócios de varejo, AWS e anúncios da empresa estão vendo e a capacidade da Amazon de enfrentar os desafios dessa demanda servirão, acreditamos, para aumentar a curva de sua taxa de crescimento de longo prazo, gerar lucratividade incremental e ainda mais aprofundar o fosso competitivo em torno de todos os seus negócios “, escreveu.

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Em nota, o banco observa que, embora as ações da Amazon tenham superado o desempenho até o momento, acredita que “o mercado continua subestimando o valor de longo prazo da empresa como líder do segmento de varejo online e em computação em nuvem, que está sendo acelerada pela crise atual, juntamente com a adoção de consumidores e empresas”.

O Goldman deriva sua meta de preço de US$ 2.900 a partir de uma avaliação da soma da atuação da companhia no varejo, na AWS e em seus negócios de anúncios. O banco atribui uma avaliação de quase US$ 800 bilhões à AWS, tornando o segmento mais valioso dos negócios da Amazon.

Na última semana, a companhia atingiu a marca de US$ 1,14 trilhão em valor de mercado.

A empresa cresce em meio à pandemia, conseguindo mobilizar sua cadeia logística para priorizar itens essenciais e realizando contratações para lidar com o crescimento da demanda. Porém, enfrenta crises internas e fortes críticas por conta da forma em que lida com a segurança dos seus funcionários nos armazéns dos Estados Unidos e Europa.

Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios