Fabricantes de eVTOLs pedem aos investidores que permaneçam a bordo

Enquanto trabalham no desenvolvimento da tecnologia, empresas procuram garantir investimento suficiente para seguir com os projetos

Equipe InfoMoney

eVTOL (Divulgação)

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Uma queda nas avaliações das ações de tecnologia, pressões econômicas e um ambiente de investimento avesso ao risco na Europa são alguns dos obstáculos que empresas de táxis aéreos como a alemã Lilium NV e a Volocopter estão enfrentando, de acordo com presidentes-executivos da indústria.

As aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) têm sido apontadas como o futuro da mobilidade aérea urbana e têm atraído interesse global, com várias empresas do setor abrindo o capital.

A alemã Volocopter está trabalhando para lançar seus táxis aéreos comercialmente na Olimpíada de Paris em 2024, em estreita colaboração com o principal regulador de segurança da aviação da Europa, a Easa, e os aeroportos de Paris.

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Mas garantir investimento suficiente para impulsionar a nova tecnologia, especialmente antes que as empresas recebam a certificação dos reguladores, é uma preocupação constante.

“Entrar com financiamento agora em tal ambiente é o desafio”, disse o presidente-executivo da Volocopter, Dirk Hoke, na EBACE, principal evento de jatos executivos da Europa, realizado em Genebra esta semana.

Leia também: Eve, da Embraer (EMBR3), dá mais um ‘passo’ para colocar ‘carro voador’ no ar

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“Você está no famoso vale da morte. Você não está mais no estágio inicial, está na pré-receita… e isso, combinado com essas incertezas de que as pessoas não entendem o caminho da certificação, é o fator de estresse para o indústria”, disse.

Convencer os investidores de que a tecnologia é sólida e o modelo de negócios escalável também faz parte da preocupação, especialmente em ambientes de investimento mais avessos ao risco, como a Europa.

“Todo mundo é seu melhor amigo quando você consegue, quando já é bem-sucedido”, disse o presidente-executivo da Lilium NV, Klaus Roewe, acrescentando que a Lilium encontrou investidores mais dispostos na China.

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No início deste mês, a empresa disse que levantaria até US$ 250 milhões, inclusive de seu maior acionista, a chinesa Tencent.

Roewe pediu aos investidores que não percam a fé, especialmente porque mais cidades expressam interesse em construir infraestrutura para um sistema de táxis aéreos.

“Se ninguém se arriscar, o universo nunca evolui.”

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No Brasil

Na semana passada, a Eve Air Mobility, a subsidiária de mobilidade urbana da Embraer (EMBR3) deu mais um ‘passo’ para colocar o seu eVTOL no ar. A empresa anunciou que concluiu os testes em túnel de vento do seu modelo.

A Eve surgiu como um spin-off da Embraer e abriu capital na Nyse (New York Stock Exchange) em maio de 2022. Ela foi listada em Nova York com os tickers EVEX e EVEXW, após a fusão com um SPAC (uma “empresa de cheque em branco”) chamada Zanite.

Para tirar o projeto do papel (e colocar no ar) a companhia brasileira acertou duas linhas de crédito no valor total de R$ 490 milhões pelo BNDES.

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(Com informações da Agência Reuters)