Duratex indica novo presidente e reforça plano arrojado de investimento

Executivo ressalta que dará sequência à estratégia de expansão da companhia, que tem como projeto uma nova fábrica, com investimentos que ultrapassarão R$ 700 milhões

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O engenheiro Antonio Joaquim de Oliveira, 52, foi indicado, na noite da véspera, à presidência da Duratex (DTEX3), e entrará no lugar de Henri Penchas, que deixará a empresa por ter atingido idade limite. O executivo assumirá o comando da companhia a partir do próximo dia 22 de abril, data da assembleia geral ordinária.

Em coletiva de imprensa, realizada na sede da Duratex na tarde desta sexta-feira (22), Joaquim ressaltou que dará sequência à estratégia de expansão da companhia. A estimativa é investir R$ 660 milhões em 2013. 

Boa parte desse montante, destacou Oliveira, será destinada à fase de implementação da unidade de Itapetininga (SP), Taquari (RS) e Queimados (RJ), esta última correspondendo à divisão Deca. 

Continua depois da publicidade

Adicionalmente, o executivo reforçou os planos de investimentos na construção de um nova fábrica de painéis de madeira, que devem ultrapassar R$ 700 milhões, mas disse que a decisão de produzir MDF ou MDP ainda não está definida. “O cronograma sobre a nova fábrica deve ficar pronto até o final do primeiro semestre”, comentou. 

Em relação ao ano passado, Oliveira disse que os incentivos do governo foram bons propulsores para a indústria, e devem continuar contribuindo para bons números da empresa. “Esperamos um primeiro trimestre mais forte em relação ao anterior, inclusive na Deca”, apontou.

A divisão penou no quarto trimestre do ano passado por conta de uma combinação de vendas de produtos com preços menores e custos mais elevados. A receita líquida por unidade vendida recuou 4,98%, enquanto o lucro operacional registrou queda de 35,7%, somando R$ 49,3 milhões. 

Segundo Oliveira, a previsão para este ano é de que a divisão de madeira cresça duas vezes o PIB (Produto Interno Bruto), ou 6%, e a Deca acompanhe o desempenho da economia, o que significa uma expansão estimada de 3% em 2013.

“Estamos com produtos bastante competitivos, principalmente para atender à demanda crescente das classes C e D. O governo tem feito várias iniciativas em termos de construção civil para essas classes e têm contribuído para expansão da indústria”, disse.

A expectativa é que 2013 seja um ano de forte “entregas de chave”, apontou Oliveira. Segundo ele, haverá um forte lançamento de imóveis neste ano, e que deverá impulsionar os números da Duratex de 2014.