Demanda da construção por aços longos continuará muito forte, diz Gerdau

No entanto, desindustrialização preocupa e empresa prefere não retomar projetos no Brasil, ao menos por enquanto

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SÃO PAULO – Apesar da crise que assola as economias ao redor do globo e a necessidade de se tornar mais seletiva em seus investimentos, a Gerdau (GGBR4) frisou nesta quinta-feira (2) que vê com bons olhos a demanda do cenário interno. “Os volumes vão se recuperar gradualmente, como tem acontecido desde 2008”, afirmou André Johannpeter, diretor-presidente da empresa.

Em teleconferência à imprensa para discutir o resultado trimestral, Johannpeter salientou que a demanda de aços longos por parte da construção civil continua “muito forte”. O problema, contudo, é por parte da indústria. “Com a desindustrialização, a perspectiva não é tão boa”, disse.

Entretanto, ao divulgar os resultados mais cedo, a empresa alertou que se tornou mais seletiva e mais rigorosa em seus investimentos, focando naqueles de maior retorno. Nesse sentido, a siderúrgica revelou a retomada do projeto de R$ 1,1 bilhão para a construção de uma usina no México, pela joint venture Gerdau Corsa. A usina terá capacidade instalada de 1 milhão de tonelada de aço por ano, além de 700 mil toneladas de laminados. O início das operações está prevista para o segundo semestre de 2014.

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Quanto a novos investimentos no Brasil, Johannpeter anunciou que continua a monitorar o mercado e, quando sentir que é o momento certo, assim como foi no México, os projetos serão retomados. “Sem dúvida, estamos vivenciando desafios de custo de matéria-prima e desindustrialização. Tudo isso criou um ambiente desafiador na gestão”, alertou o diretor-presidente, que chamou atenção para o foco na gestão de custos e na melhoria das margens operacionais.