Da ideia à ação: como a Inteligência Artificial pode ajudar no estágio inicial do seu negócio

Barth, a primeira mulher a assumir a presidência da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), debate o tema com Ana Medici, no Trilha da Inovação

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Uma das perguntas mais comuns feitas por aqueles que desejam empreender é: “como posso transformar minha ideia em um negócio ou startup?”. O início da operação de uma empresa pode ser um momento desafiador, mas quando se trata de startups, o desafio é ainda maior, exigindo uma habilidade especial em resolver problemas com inovação e criatividade.

Por serem geralmente de base tecnológica, essas empresas precisam encontrar um modelo de negócio que tenha rápido crescimento e seja escalável. Mas como fazer isso em um mundo onde as tecnologias exponenciais desafiam até a velocidade da luz e o mercado muda em um piscar de olhos?

Uma das estratégias é usar a tecnologia disponível a favor de seu negócio. Neste processo, a inteligência artificial pode ser uma ferramenta essencial para superar obstáculos e impulsionar o sucesso da empresa.

Recentemente, fomos pegos de surpresa pelo ChatGPT, uma rede neural artificial de última geração que possibilita a interação entre humanos e máquinas por meio de uma linguagem natural. E com ele veio um movimento de popularização, graças ao surgimento de plataformas e ferramentas acessíveis e fáceis de usar.

A boa notícia é que a inteligência artificial (IA) pode ajudar na fase de ideação e construção do negócio no estágio inicial. Uma das principais vantagens é que a IA pode analisar grandes quantidades de dados de mercado e identificar tendências que podem ser valiosas para a empresa. Além disso, ela cria modelos preditivos que ajudam a prever o sucesso ou fracasso de uma ideia de negócio. Na geração de ideias, a Inteligência Artificial também é uma excelente aliada, pois ajuda a equipe da startup a explorar novas alternativas de soluções com base em dados e insights relevantes.

Para Ingrid Barth, a primeira mulher a assumir a presidência da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), outro ponto chave para tirar a ideia do papel é colocá-la em prática. “Eu costumo dizer que você tem que começar, começa com qualquer coisa”, conta a executiva, durante o programa “Trilha da Inovação”, talk show que recebe grandes nomes do empreendedorismo, da tecnologia e do ecossistema de startups.

Para Ingrid, que também é cofundadora e COO do banco digital Linker e colunista do InfoMoney, mesmo sem estar perfeita, a solução inicial precisa ser testada. “Eu vejo muitos empreendedores que têm muita dificuldade em começar. Eu vejo pessoas que querem deixar o projeto perfeito e é um erro muito grave isso, porque o projeto nunca vai estar perfeito. Ninguém espera perfeição para utilizar o projeto, porque quem vai dizer se o projeto é bom ou não é o cliente, e o mercado só vai ter acesso quando tiver contato com a solução.”

Com essa estratégia Ingrid criou em 2018 o Linker, um banco digital voltado para pessoas jurídicas. Depois de construir uma carreira no mercado financeiro por 14 anos, ela resolveu mudar o rumo profissional e empreender

A mudança veio depois que Ingrid fez um MBA em Empreendedorismo e Inovação. “Eu estava em uma carreira legal, onde eu queria estar, mas comecei a projetar a minha vida 20 anos para frente e vi que eu estaria no mesmo lugar. Talvez eu pudesse estar em um cargo mais sênior, ganhando um salário melhor, mas em relação às minhas atividades, eu ia estar provavelmente fazendo a mesma coisa”.

No ano passado, a fintech foi comprada pela empresa de software Omie por R$ 120 milhões. Ingrid justifica a venda da startup a um valor alto em apenas 3 anos: “Eu acredito que o segredo é deixar tudo bem organizado. A gente costuma achar que, por ser uma startup, os processos ficam muito bagunçados. Como no nosso caso, éramos uma fintech e é um mercado muito regulado, a gente sempre se preocupou em deixar tudo bem organizado, redondinho, ser muito diligente antes de ter o primeiro cliente. Isso ajudou muito a gente na venda.”

Para empreender em um mercado inovador, é essencial estar atento às tendências e necessidades da sociedade, seja por meio de tecnologias exponenciais, como a Inteligência Artificial, ou por meio de testes no mercado. Habilidades como criatividade, resiliência, persistência e capacidade de adaptação a mudanças também são cruciais para o sucesso

Por fim, é fundamental ter um plano de negócios bem estruturado e estar preparado para enfrentar os desafios e incertezas que surgem ao longo do caminho.

Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação

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