ClassPass, concorrente do Gympass com planos individuais, é o segundo unicórnio de 2020

Startup fitness, líder mundial no segmento, anunciou investimento série E de US$ 285 milhões em rodada liderada por LCatterton e Apax Digital

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A startup americana de ginástica e bem-estar ClassPass se tornou o segundo de 2020, após a brasileira Loft. Nesta quarta-feira (8), a concorrente do Gympass anunciou que o valuation atingiu a cifra de US$ 1 bilhão após uma rodada de investimentos série E de US$ 285 milhões, liderada pelas gestoras LCatterton e Apax Digital.

Lançada em 2013, a startup se tornou líder mundial em programas de fitness e bem-estar neste formato de “membership”. A proposta inicial era ajudar academias e estúdios de bem-estar a preencher horários vagos em suas grades. Agora, a empresa está em 28 países, disponibiliza acesso a mais de 30 mil estabelecimentos.

Em entrevista ao InfoMoney, o country manager da startup, Rodolfo Ohl, disse que parte do valor levantado nessa rodada será utilizado em expansão e o Brasil é um dos principais mercados de atenção agora. “A gente vê com muito bons olhos a operação brasileira”, diz. “O aporte vai beneficiar o negócio tanto em atendimento agressivo a mais usuários como em visibilidade aos nossos parceiros, que poderão aumentar sua receita através do nosso app”, complementou. Por ora, o ClassPass está disponível em São Paulo e no Rio, e ainda não há datas para chegar a outras cidades.

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“Nosso objetivo é ser a marca de escolha e um líder claro em todos os países em que entramos”, disse Fritz Lanman, CEO da empresa. “Esse investimento nos permitirá expandir mais rapidamente dentro dos mercados existentes, adicionar mais países à nossa rede e dimensionar nosso programa corporativo globalmente”, completa.

Como funciona

Diferentemente da Gympass e da TotalPass (que faz parte do grupo Bio Ritmo Smart Fit), a ClassPass oferece, além de planos empresariais (onde a companhia subsidia parte do valor para seus funcionários), pacotes individuais para pessoa física, a partir de R$ 99 até R$ 499. O primeiro mês é gratuito para qualquer usuário.

Desde 2017, o funcionamento é através de créditos, uma espécie de moeda digital própria, o que permite à empresa aplicar tarifas dinâmicas para as atividades. Todos os estabelecimentos estão disponíveis em todos os planos, basta ter a quantidade necessária de créditos. Segundo a empresa, a variação dos valores cobrados leva em conta a frequência do público, os equipamentos das aulas, localização, entre outros fatores.

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O uso de créditos também significa que o cliente pode fazer mais de uma atividade no mesmo dia. A plataforma também permite que até 10 créditos não utilizados em um mês sejam acessados no mês seguinte ou que se compre novos créditos caso se esgotem os do pacote contratado.

No plano corporativo, a ClassPass cobra da companhia parceira de acordo com os usuários que aderem ao serviço, e não um pacote fechado conforme o número de funcionários elegíveis (como fazem as concorrentes). “Percebemos que isso nos deixa mais alinhados com o RH das companhias, é mais vantajoso para elas”, diz Ohl.

Apesar dos diferenciais frente às outras empresas do segmento, a ClassPass traz no discurso que sua maior concorrente é a “inatividade” e que há espaço para todos os players crescerem. “Nossa ideia é levantar uma bandeira para as pessoas terem mais autocuidado e não passarem todo o tempo na frente da televisão”, diz o executivo.

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*Atualizado às 16h15 com a informação de que a Loft também se tornou unicórnio em 2020. 

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney