Cabify anuncia que encerrará suas operações no Brasil em junho

No Brasil, o app tinha presença nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Santos e São Paulo

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A Cabify, plataforma de mobilidade urbana, anunciou que vai encerrar suas operações no Brasil em 14 de junho.

A empresa não justificou o motivo da saída do país, embora haja rumores de que a pandemia e a crise econômica tenha dificultado a continuidade da operação.

No Brasil, o app está presente nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Santos e São Paulo.

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Em nota enviada à imprensa, a empresa explicou que o agravamento da crise econômica não possibilitou a rentabilidade do negócio e a continuidade da operação no país. “O mercado brasileiro foi muito afetado pela grave situação sanitária do país e pela crise socioeconômica local causada pela Covid-19. Este contexto dificulta a criação de valor e tem levado a empresa a parar sua operação no Brasil”, disse a empresa.

Em sua conta no Twitter, a empresa espanhola confirmou a decisão e explicou que segue operando em outros países da América Latina e Europa.

De acordo com o seu site, a empresa segue operando em oito países a partir da data mencionada: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru e Uruguai.

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“Todas as cidades da América Latina e da Espanha onde Cabify está presente mostram bons índices de recuperação em comparação com o nível de atividade anterior à pandemia e, em média, a demanda global de viagens da Cabify se recuperou em 75% até o final de 2020. Além disso, em alguns mercados, 100% da demanda foi reativada durante os primeiros meses de 2021”, explicou a empresa.

O Cabify, que chegou ao Brasil em 2016, faz parte da também espanhola Maxi Mobility, e no Brasil, adquiriu a plataforma Easy Taxi em 2017.

A empresa informou que todos os motoristas parceiros, passageiros e empresas que utilizam seus serviços no país foram devidamente informados.

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Em fevereiro de 2020, a empresa anunciou que se tornou a primeira empresa de mobilidade urbana como serviço a reverter prejuízo e fechar um trimestre no azul.

Segundo comunicado à imprensa, foi a primeira vez que a companhia apresentou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral consolidado positivo, de US$ 3 milhões.

A receita líquida em 2019, após despesas com fornecedores de frotas de veículos e outros operadores como taxistas, ficou em US$ 104 milhões, 11% acima de 2018.

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“Na contramão do setor, estamos focando nos segmentos de negócio e de mercado com mais valor de margem. Nosso desafio em 2020 é reforçar essa estratégia de sustentabilidade financeira”, afirmou Juan Ignacio García, CFO da empresa, na época.

Ao todo, a empresa tem mais de 33 milhões de usuários registrados no mundo, mais de 400 mil motoristas parceiros e 65 mil empresas como clientes registradas em sua divisão de mobilidade corporativa.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.