Apple cresce abaixo das expectativas no trimestre registrando queda nas vendas do iPhone

Smartphone teve desaceleração de 7% nas vendas, enquanto produtos wearables e serviços batem recordes de receita

Pablo Santana

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Apple anunciou uma receita fiscal de US$ 58,3 bilhões no segundo trimestre de 2020, encerrado em 28 de março – resultado estável em relação ao mesmo período do ano anterior -, mas abaixo da projeção inicial da empresa, entre US$ 63 bilhões e US $67 bilhões.

A empresa registrou um fluxo de caixa operacional de US$ 13,3 bilhões durante o período, um aumento de US$ 2,2 bilhões em relação ao ano anterior.

Os resultados sofreram impacto direto da pandemia de coronavírus, quando a Apple se viu obrigada a fechar suas lojas e interromper as operações de suas fábricas.

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O cenário formado pelas medidas de distanciamento social e a queda na demanda por iPhones em todo mundo fez com que a companhia, em fevereiro, anunciasse que não esperava atingir sua meta inicial de receita para o trimestre fiscal.

“Este pode não ter sido o trimestre em que poderia estar ausente a pandemia, mas acho que não me lembro de um trimestre em que estive mais orgulhoso do que fazemos ou de como fazemos”, disse Tim Cook, CEO da Apple.

Vendas de iPhone desacelera novamente

A receita com as vendas do iPhone caiu para US$ 28,9 bilhões em comparação com os US$ 31,1 bilhões no mesmo trimestre do ano passado, resultado que  já era esperado desde que a Apple reduziu sua orientação de receita, citando uma demanda fraca.

A desaceleração de 7% ocorre logo após o iPhone ter se recuperado de vários trimestres de queda, com vendas acima do esperado, graças à recepção positiva do iPhone 11 e iPhone 11 Pro.

A Apple acabou de lançar o iPhone SE no mercado global com um preço menos que seus últimos modelos, confirmando a estratégia da companhia para vencer o Android.

A divisão de acessórios wearables e serviços da empresa tiveram um crescimento significativo, apesar da pandemia. A divisão de serviços da empresa, que inclui produtos como Apple TV Plus, Apple Music e Apple Care, atingiu um recorde histórico de US$13,3 bilhões em vendas. Já a de wearables gerou receita em vendas de US$ 6,2 bilhões.

“Nesse ambiente difícil, nossos usuários dependem dos produtos da Apple  para permanecerem conectados, informados, criativos e produtivos”, afirmou Cook.

As ações da Apple caíram cerca de 1,5% no pregão após a divulgação dos resultados, mas conseguiu reverter o cenário terminando o dia com valorização de 2,11%.

Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios