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SÃO PAULO – Com queda de mais de 50% no volume de vendas do segundo trimestre, a Tecnisa (TCSA3) acompanhou um dia de forte volatilidade de suas no pregão desta quinta-feira (19).
Os ativos chegaram a recuar 2,75% em sua mínima no intraday, negociadas a R$ 6,71, mas ganharam forças no final do dia, acompanhando o dia positivo para o mercado. Desta forma, as ações encerraram o pregão em alta de R$ 2,46%, cotadas a R$ 7,07.
Fraco nível de lançamentos
“Após um péssimo primeiro trimestre, a Tecnisa apresentou, novamente, um fraco nível de lançamentos, o que implica na desaceleração das vendas contratadas”, afirmou a equipe de análise da XP Investimentos em relatório. Nesse sentido, a desaceleração dos negócios da empresa norteia a decisão do mercado em se desfazer dos papéis na bolsa.
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Entretanto, segundo a XP, o projeto Jardim de Perdizes pode garantir um bom volume de lançamentos no terceiro trimestre, o que garante um viés bastante atrativo para a companhia no longo prazo, mesmo que o risco do investimento seja alto.
MRV e Brookfield na contramão
Duas outras incorporadoras também divulgaram prévias de seus balanços na noite da véspera, após o fechamento do mercado.
A MRV (MRVE3), que registrou queda nas vendas contratadas de 3% em relação ao mesmo período de 2011, fechou em alta de 4,36%, cotadas a R$ 111,02. No balanço da companhia, surpreendeu positivamente o volume de lançamentos, que saltou 42% no trimestre frente ao ano passado.
Já a Brookfield (BISA3), que apresentou um recuo de 52% no volume de lançamentos frente ao segundo trimestre de 2011, encerrou com ganhou de 3,03% de valor de mercado nesta quinta, cotados a R$ 3,06.
Em desconstrução
A desaceleração nos lançamentos do setor, no geral, é perceptível desde o primeiro trimestre do ano. Ainda assim, empresas como a MRV e a Brookfield podem sofrer mais com esse cenário, apontam os analistas da XP.
“Os resultados vieram melhores que o esperado pelos investidores, mas as empresas estão muito reticentes quanto aos lançamentos futuros, pois o cenário econômico ainda é incerto. Só estão colocando no mercado empreendimentos quando há certeza de rentabilidade”, comentam os analistas da corretora.
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A XP avaliou como negativa a perspectiva para a MRV e a Brookfield. “Apesar da velocidade sobre vendas não ter decepcionado em ambos os casos, os fracos lançamentos e vendas contratadas adicionam mais dificuldades para que elas alcançem suas metas em 2012 e apresentarem resultados satisfatórios ou, ao menos, em linha com as expectativas dos agentes de mercado”, complementam.