Alphabet, holding do Google, bate US$ 1 trilhão em valor

Analistas que acompanham as ações de empresas de tecnologia nos EUA apostam que a gestão de Pichai será mais sóbria e menos ousada

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Depois de Saudi Aramco, Apple e Microsoft, a Alphabet, holding que controla o Google, atingiu valor de mercado de US$ 1 trilhão nesta quinta-feira (16). O valuation é resultado de sucessivas altas ao longo de 2019 e uma valorização de US$ 1 bilhão em janeiro.

O marco de valor chega em um momento de transição da empresa. Em dezembro, os fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, deixaram os cargos de presidente e CEO da Alphabet após 21 anos. Sundar Pichai, que já comandava a área de internet da companhia, acumulou os cargos.

Analistas que acompanham as ações de empresas de tecnologia nos EUA apostam que a gestão de Pichai será mais sóbria e menos ousada. Possivelmente serão vistas menos apostas em tecnologias como carros voadores e drones da parte do Google nos próximos anos, já que essas verticais fecharam 2018 (último ano com dados consolidados) com prejuízo de US$ 3,4 bilhões.

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Outra grande aposta é de aumento dos serviços de nuvem, que os analistas veem com bons olhos. A Alphabet está consideravelmente atrás da líder Amazon e da concorrente Microsoft nesta frente, mas dobrou o faturamento trimestral de US$ 1 bilhão para US$ 2 bilhões entre 2018 e 2019.

Clube do trilhão

A Apple foi a primeira americana a chegar ao trilhão em 2018. A Microsoft, chegou ao patamar no ano passado. Entre idas e vindas, a Amazon chegou a bater a marca, mas retornou a patamar próximo a US$ 930 bilhões.

Momento emblemático

O marco também vem em um momento de escrutínio por reguladores americanos e europeus, que criticam o tamanho das empresas de tecnologia, práticas de privacidade de dados e impactos na sociedade em geral. Na semana passada, quatro funcionários foram demitidos da empresa por suposta violação de políticas de segurança de dados. Antes disso, outros milhares de googlers protestaram sobre a forma como a companhia lidou com denúncias de assédio sexual.