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Se você acha que o Papai Noel sempre foi aquele velhinho rechonchudo, de roupa vermelha, barba branca e sorriso carinhoso, saiba que ele nem sempre foi assim. A figura do Papai Noel que conhecemos hoje é resultado de uma mistura de tradições culturais, literatura — e muito marketing.
O personagem emblemático do Natal tem suas raízes em São Nicolau, um santo do século IV venerado na Europa. No início do século XIX, a tradição foi adaptada em Nova York.

O antiquário John Pintard, buscando um símbolo mais benevolente para o Natal da cidade, resgatou a figura do santo conhecido por sua generosidade com as crianças.
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Essa tradição, muito forte na Holanda, onde o “Sinterklaas” distribui presentes em 5 e 6 de dezembro, foi adaptada para o Natal nova-iorquino, dando origem ao “Sancte Claus”. Essa transformação marcou o início da construção da imagem moderna do Papai Noel.

A popularização do personagem ganhou força com o poema “A Visit from St. Nicholas” (“Uma visita de São Nicolau”, em tradução livre), publicado em 1823. O texto descreveu o bom velhinho como um homem alegre, de bochechas rosadas e barba branca, trazendo renas e um trenó cheio de presentes. No entanto, o traje vermelho ainda não fazia parte da imagem consolidada.

Foi o cartunista americano Thomas Nast, na década de 1870, quem introduziu o icônico traje vermelho com detalhes em branco, além do gorro e do cinto preto.
Nast desenhou o Papai Noel para a revista Harper’s Weekly por mais de 20 anos, ajudando a fixar a imagem que conhecemos hoje. Sua representação foi influenciada tanto pela tradição europeia quanto pelo poema que encantou gerações.

A consolidação definitiva do Papai Noel vestido de vermelho veio com a campanha publicitária da Coca-Cola, iniciada em 1931. O artista Haddon Sundblom criou uma série de ilustrações que mostravam um Papai Noel jovial, rechonchudo e sempre sorridente, consumindo a bebida. Essas imagens foram amplamente divulgadas e se tornaram a referência visual do personagem em todo o mundo.
