No Egito, Trump fala em “acordo abrangente” e promete recursos para nova fase em Gaza

Após discurso em Jerusalém, presidente dos EUA participou de cúpula no Egito e disse que pacto de paz “tem muito dinheiro e poder por trás”

Paulo Barros Agências de notícias

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante a assinatura oficial da primeira fase do acordo de cessar-fogo de Gaza entre Israel e o Hamas, em Sharm El-Sheikh, Egito, em 13 de outubro de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein
O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante a assinatura oficial da primeira fase do acordo de cessar-fogo de Gaza entre Israel e o Hamas, em Sharm El-Sheikh, Egito, em 13 de outubro de 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou nesta segunda-feira (13) em Sharm el-Sheikh, no Egito, durante a cúpula que reúne líderes de mais de 20 países para consolidar o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas e definir os próximos passos para a reconstrução de Gaza.

Trump iniciou a fala explicando o conteúdo do pacto que será assinado pelos chefes de Estado e autoridades internacionais. “Vamos assinar um documento que vai estabelecer muitas regras e regulamentos, e outras coisas. É um texto muito abrangente”, afirmou.

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Sem detalhar o conteúdo do acordo, o presidente norte-americano disse que o plano prevê apoio financeiro robusto e destacou a presença de países com grande capacidade econômica entre os signatários. “A maioria deles, posso dizer, tem muito dinheiro. Há mais dinheiro e poder sentado atrás de nós. Eu adoro que estejam conosco”, declarou.

Trump também comentou os bastidores das negociações e o perfil dos mediadores. “Gosto mais das pessoas duras do que das fáceis. Não sei o que é isso, deve ser um problema de personalidade”, disse, em tom descontraído, ao se referir aos líderes que participaram das conversas.

Durante o discurso, o presidente mencionou ter acompanhado a cobertura do acordo durante o voo entre Israel e o Egito. “Eu estava no avião por um bom tempo ouvindo os noticiários, e todos foram justos”, afirmou — uma rara observação positiva vinda de Trump, que frequentemente critica veículos de imprensa por reportagens que considera desfavoráveis sobre seu governo e processos judiciais.

A cúpula de Sharm el-Sheikh ocorre poucas horas após a libertação dos 20 reféns israelenses mantidos em Gaza e a soltura de cerca de 250 prisioneiros palestinos por Israel.

(com Reuters)

Paulo Barros

Jornalista, editor de Hard News no InfoMoney. Escreve principalmente sobre economia e investimentos, além de internacional (correspondente baseado em Lisboa)