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O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, afirmou no domingo (21) que os americanos não precisam mais “se desculpar por ser brancos”. A declaração foi feita durante uma conferência do Turning Point USA, grupo conservador fundado pelo ativista Charlie Kirk.
Em seu discurso, Vance disse ser contra tratar pessoas de forma diferente com base em raça, sexo ou orientação sexual e afirmou que a única exigência feita por ele e por seu campo político é o patriotismo.
“Nos Estados Unidos da América, você não precisa mais se desculpar por ser branco. Nós não perseguimos você por ser homem, por ser heterossexual, por ser gay, por ser qualquer coisa. A única coisa que exigimos é que você seja um grande patriota norte-americano”, declarou.
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O vice-presidente criticou diretamente políticas de diversidade e inclusão, conhecidas pela sigla DEI, e disse que elas fazem parte de uma agenda que deve ser superada.
Segundo Vance, “não tratamos ninguém de maneira distinta por causa da sua raça ou do seu sexo” e, por isso, a agenda de diversidade, equidade e inclusão deveria ser “relegada à lata de lixo da história”.
Críticas à agenda de diversidade
As falas reforçam o posicionamento adotado pelo Partido Republicano desde a campanha presidencial de 2024, marcada por críticas a políticas afirmativas em universidades, empresas e órgãos públicos. Vance afirmou que, na visão conservadora, essas iniciativas promovem divisões e enfraquecem a identidade nacional.
Para o vice-presidente, o patriotismo deve ser o principal elemento de coesão social. “Se você ama este país, está totalmente do nosso lado”, disse, ao defender que a identidade nacional deve se sobrepor a recortes raciais, de gênero ou orientação sexual.
Religião e legado de Charlie Kirk
Durante o discurso, Vance também afirmou que os Estados Unidos são uma nação cristã e elogiou Charlie Kirk, fundador do Turning Point USA, como exemplo do que chamou de “frutos do verdadeiro cristianismo”. O vice-presidente pediu que apoiadores do movimento conservador deem continuidade ao legado do ativista.
Kirk foi assassinado em setembro de 2025 durante um evento na Universidade do Vale de Utah, na cidade de Orem. Ele tinha 31 anos e foi baleado no pescoço enquanto respondia perguntas do público sobre violência armada e tiroteios em massa.
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Aliado do presidente Donald Trump, Kirk era um dos principais nomes do ativismo conservador nos Estados Unidos e havia se tornado figura central na mobilização de jovens eleitores republicanos.
Ao encerrar a fala, Vance afirmou que honrar o nome de Kirk significa “continuar o movimento que ele ajudou a construir”, reforçando o tom ideológico e identitário do evento.