Trump: reféns israelenses podem ser soltos “um pouco antes do previsto”

Libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos marca primeiros passos do acordo de cessar-fogo; Trump estará presente

Paulo Barros

Pessoas olham para fotos e mensagens exibidas na "Praça dos Reféns" em meio a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza, em Tel Aviv, Israel, em 12 de outubro de 2025. REUTERS/Hannah McKay
Pessoas olham para fotos e mensagens exibidas na "Praça dos Reféns" em meio a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza, em Tel Aviv, Israel, em 12 de outubro de 2025. REUTERS/Hannah McKay

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Israel e Hamas se preparam para a primeira troca de reféns e prisioneiros sob o novo acordo de cessar-fogo, com o prazo findando às 6h desta segunda-feira (13), no horário local, à meia-noite pela hora de Brasília, conforme os termos do acordo de cessar-fogo firmado na sexta-feira e mediado por EUA, Egito, Catar e Turquia.

No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza “podem ser libertados um pouco antes do previsto”, aumentando a expectativa para que a libertação ocorra ainda na noite deste domingo (12). A declaração foi dada a bordo do Air Force One, enquanto ele seguia para o Oriente Médio para acompanhar pessoalmente a operação de libertação.

“A guerra acabou”, disse Trump, segundo jornalistas que viajam com ele.

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Israel aguarda a libertação de 48 reféns sequestrados pelo Hamas, entre eles, 20 considerados vivos. Eles fazem parte do grupo de 251 pessoas levadas em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram o território israelense e mataram cerca de 1,2 mil pessoas.

Em troca, Israel deve libertar aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 que cumprem prisão perpétua e outros detidos sem acusação formal. O Ministério da Justiça israelense já divulgou a lista dos nomes previstos para soltura.

Trump desembarcará primeiro em Israel, onde deve se reunir com familiares dos reféns e discursar no Knesset, o Parlamento israelense. Em seguida, ele seguirá para o Egito, onde participará de uma cúpula de paz com líderes internacionais, entre eles António Guterres (ONU), Keir Starmer (Reino Unido), Giorgia Meloni (Itália), Pedro Sánchez (Espanha) e Emmanuel Macron (França).

Neste domingo, caminhões carregados com alimentos, medicamentos e combustível começaram a entrar na Faixa de Gaza sob inspeção israelense. Imagens divulgadas por agências internacionais mostraram multidões de palestinos tentando alcançar os comboios, em meio à fome generalizada e à destruição causada por dois anos de conflito.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 67 mil palestinos morreram desde o início da ofensiva israelense. A ONU estima que 90% da população do enclave tenha sido deslocada durante a guerra.

(com Associated Press e Reuters)

Paulo Barros

Jornalista, editor de Hard News no InfoMoney. Escreve principalmente sobre economia e investimentos, além de internacional (correspondente baseado em Lisboa)