EUA tentaram recrutar piloto de Maduro em plano para prender venezuelano, diz agência

Operação secreta envolveu encontros clandestinos e oferta de recompensa, mas piloto rejeitou proposta e manteve lealdade a Maduro, segundo a AP

Gabriel Garcia

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Um agente federal dos Estados Unidos tentou recrutar secretamente o piloto pessoal do presidente venezuelano Nicolás Maduro para participar de um plano que visava capturar o líder e entregá-lo às autoridades americanas para responder por acusações de tráfico de drogas. As informações são da agência Associated Press (AP).

A operação envolveu encontros secretos em hangares de aeroportos, diplomacia de alto risco e tentativas de influenciar a lealdade do piloto, identificado como o general Bitner Villegas, que é membro da guarda presidencial e piloto regular de Maduro.

O agente americano Edwin Lopez teria feito uma proposta ao piloto em um encontro clandestino, oferecendo uma grande recompensa financeira em troca de desviar o avião presidencial para um local onde Maduro pudesse ser preso.

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Segundo a AP, o piloto não se comprometeu com o plano, mas teria fornecido seu número de celular a Lopez, indicando possível interesse em colaborar com o governo dos EUA.

Nos meses seguintes, mesmo após se aposentar, Lopez manteve contato com o piloto por meio de um aplicativo de mensagens criptografadas, tentando convencê-lo a participar do plano.

Lopez obteve permissão das autoridades dominicanas para interrogar os pilotos e conduziu entrevistas individuais, focando em Villegas, que inicialmente tentou evitar perguntas, mas acabou admitindo ter voado para Chávez e Maduro.

Durante as conversas, Lopez ofereceu ao piloto a chance de se tornar rico e ser visto como um herói nacional se ajudasse a capturar Maduro, mas Villegas não aceitou a proposta e bloqueou o contato.

Após a falha na tentativa de recrutamento, aliados da oposição venezuelana usaram redes sociais para provocar o piloto, que reapareceu em um programa de TV venezuelano reafirmando sua lealdade a Maduro.