Segundo professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília, Nilson Francisquini Botelho, as terras raras fazem parte de grupo de metais que são chamados de metais estratégicos e também de metais críticos. É um grupo de 17 elementos que está em diversos objetos. “Da tela do celular até o aparelho de ressonância magnética. Esses materiais são muito necessários para novas tecnologias e, com o avanço da energia eólica, a demanda principal do crescimento é em função disso”, detalha o professor.
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O Brasil é o segundo maior produtor do mundo, atrás apenas da China. Essa vantagem estratégica poderia até servir como carta na manga em negociações sobre o tarifaço, já que os Estados Unidos – a maior economia do planeta – dependem fortemente desses minerais.
Segundo especialistas, investir em empresas do setor de mineração de terras raras não é para quem busca retorno rápido. E, no caso brasileiro, os desafios são ainda maiores. “O primeiro ponto de risco é o técnico/geológico. A princípio, não se conhece o que está debaixo da terra, então a incerteza é grande no início. Por isso, é necessário um investimento geológico robusto para se conhecer o subsolo”, disse Jéferson Silveira Martins, sócio-diretor da Silveira Capital, boutique de M&A e desenvolvimento de negócios de mineração. Depois dessa etapa, a empresa precisa levantar capital para construir a planta mineral, o que demanda tempo. Há ainda os trâmites ambientais, que no Brasil são complexos e imprevisíveis.