Conselho de Segurança da ONU aprova resolução de cessar-fogo imediato em Gaza

EUA se absteve na votação para facilitar a aprovação do projeto, proposto por outros 10 membros do Conselho; na sexta-feira, uma resolução dos EUA foi vetada por Rússia e China

Reuters

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Nova York – O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu nesta segunda-feira (25) um cessar-fogo imediato entre Israel e os militantes palestinos do Hamas e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, depois que os Estados Unidos se abstiveram na votação.

Os 14 membros restantes do conselho votaram a favor da resolução, que foi proposta por 10 membros eleitos do órgão.

Washington era avessa à palavra cessar-fogo no início da guerra de quase seis meses na Faixa de Gaza e usou seu poder de veto para proteger Israel, aliado dos EUA, em sua retaliação contra o Hamas por um ataque em 7 de outubro que, segundo Israel, matou 1.200 pessoas.

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Mas em meio à crescente pressão global por uma trégua na guerra que já matou mais de 32.000 palestinos, os EUA se abstiveram na votação de segunda-feira para permitir que o Conselho de Segurança pedisse um cessar-fogo imediato durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã, que termina em duas semanas.

Também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Israel diz que o Hamas fez 253 reféns durante o ataque de 7 de outubro.

A resolução do Conselho de Segurança também “enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção dos civis em toda a Faixa de Gaza e reitera sua exigência de remoção de todas as barreiras ao fornecimento de assistência humanitária em escala”.

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A rádio do Exército israelense informou, pouco antes do início da reunião do conselho, que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cancelaria uma delegação planejada para Washington se os EUA não vetassem a resolução.

Os EUA vetaram três resoluções preliminares do conselho sobre a guerra em Gaza. Também se abstiveram duas vezes, permitindo que o conselho adotasse resoluções que visavam aumentar a ajuda a Gaza e pediam pausas prolongadas nos combates.

A Rússia e a China também vetaram duas resoluções elaboradas pelos EUA sobre o conflito – em outubro e na sexta-feira.