Ataque de Israel contra escola em Gaza mata 6 funcionários de agência da ONU

Segundo a UNRWA, esse foi o maior número de mortos na equipe da agência em um único incidente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas; Israel diz que local era usado por forças do Hamas para planejar ataques

Roberto de Lira

Palestinos inspecionam escola que abriga pessoas deslocadas, após ataque israelense em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza 11/09/2024 (Foto: Khamis Al-Rifi/Reuters)
Palestinos inspecionam escola que abriga pessoas deslocadas, após ataque israelense em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza 11/09/2024 (Foto: Khamis Al-Rifi/Reuters)

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Seis funcionários da UNRWA, a agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados da Palestina foram mortos após dois ataques aéreos de Israel que atingiram uma escola que estava sendo usada como abrigo nos arredores de Nuseirat, um campo localizado no centro de Gaza. Ao todo, 18 pessoas morreram no local.

Segundo o órgão, esse foi o maior número de mortos na equipe da agência em um único incidente desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. A escola foi atingida cinco vezes desde o início do conflito e a área é hoje o lar de cerca de 12 mil pessoas deslocadas, a maioria mulheres e crianças.

Entre os mortos estava o gerente do abrigo da UNRWA e outros membros da equipe que prestavam assistência aos palestinos deslocados.

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Um comunicado da agência pede que escolas e outras infraestruturas civis sejam protegidas o tempo todo, uma vez que elas não podem ser consideradas como um alvo. “Pedimos a todas as partes em conflito que nunca usem as escolas ou as áreas ao seu redor para fins militares ou de combate.

“Ninguém está seguro em Gaza. Ninguém é poupado. Cessar-fogo agora”, pediu a UNRWA.

Os militares de Israel disseram que atingiram um centro de controle do Hamas localizado dentro da escola Al-Jawni em Nuseirat. De acordo com as forças de defesa (IDF), o Hamas estava usando a escola para planejar e realizar ataques contra tropas, informou o jornal The Times of Israel.

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As IDF disseram ainda que realizaram “muitas medidas” para mitigar os danos aos civis no ataque, incluindo o uso de munições de precisão, vigilância aérea e outras informações.